1 de 1 Covid Santo André (SP) - 08/07/2021 - Hospital de Campanha Pedro Dell'Antonia Covid-19 em Santo André - Movimentação no Hospital de Campanha Pedro Dell'Antonia de Santo André, no ABC Paulista, nesta manhã de quinta-feira (08). O hospital é exclusivo no atendimento de pacientes de UTI de covid-19. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
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O Ministério da Saúde aprovou, nesta sexta-feira (1º/4), a incorporação do primeiro medicamento para tratamento da Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o órgão federal, o remédio baricitinibe será disponibilizado para tratamento de pacientes adultos, hospitalizados, que necessitem de oxigênio por máscara ou cateter nasal.
Nesta sexta, a inclusão foi assinada pela secretária de Ciência, Tecnologias e Insumos Estratégicos do governo, Sandra de Castro Barros, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O remédio já tinha registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide ativa, moderada a grave, e de demartite atópica, moderada a grave. Por essa razão, o governo federal já realiza compra do fármaco.
Nesta sexta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo deve preparar uma nota técnica com orientações sobre o uso do medicamento para tratar Covid. Depois da publicação, estados e municípios que tiverem o remédio em estoque poderão iniciar o uso.
“O ministério já compra. Esse medicamento já faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Nós vamos fazer uma diretriz terapêutica orientando isso”, pontuou.
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Os tratamentos para a Covid-19 podem variar conforme o quadro apresentado. Em casos mais leves, onde há presença de dores musculares, dor na cabeça, perda do paladar ou do olfato, tosse intensa e febre, repouso e o uso de certos medicamentos podem auxiliar no alívio dos sintomas
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Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar
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No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar
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O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica
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O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem
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Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais
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A dexametasona, um corticoide, é outro tratamento autorizado. Segundo estudos, o medicamento é indicado para pacientes com quadros graves. Ele é capaz de reduzir a mortalidade apenas quando o uso de oxigênio é necessário
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Apesar de ser indicado por órgãos de saúde, o corticoide não deve ser utilizado sem orientação médica, pois pode piorar o quadro clínico se usado precocemente
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A Anvisa também concedeu permissão para a utilização do coquetel de anticorpos REGN-COV. O tratamento é indicado para pessoas que estão apresentando os primeiros sintomas da doença e não precisam de internação, mas que possuem risco maior de desenvolver quadros graves
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Para o uso do coquetel, que contém dois anticorpos monoclonais, o casirivimabe e imdevimabe, é necessário prescrição médica. Ele é aplicado via infusão intravenosa e, segundo a fabricante, reduz em até 70% o risco de hospitalização ou morte. Em casos graves, o medicamento não deve ser utilizado, pois pode piorar o quadro
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Assim como os corticoides, os bloqueadores dos receptores de interleucina-6 também são indicados para tratar sintomas graves da Covid-19, pois reduzem a morte pela doença. No entanto, para a utilização do medicamento é necessário prescrição médica, pois o uso indevido pode piorar o quadro do paciente
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Todos os medicamentos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são de uso restrito hospitalar e são tratamentos para pessoas que estão com coronavírus. Até o momento, nenhum remédio se mostrou eficaz para prevenir a infecção pela doença
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Diretrizes
Queiroga também disse que o baricitinibe poderá ser incluído nas diretrizes para tratamento da Covid, formuladas pela Conitec.
Em janeiro, o Ministério da Saúde rejeitou os protocolos elaborados pela comissão com orientações sobre o assunto. Entre as recomendações, estava a contraindicação aos remédios do chamado kit Covid.
O grupo elaborador do estudo pediu revisão da rejeição em 5 de fevereiro. O ministro tem até 60 dias para analisar o caso.
“Eu tenho um prazo que a lei me confere. Dentro desse prazo, eu vou me posicionar, é essa medicação é importante para que tenhamos uma diretriz terapêutica na ponta, e traga benefício pra os pacientes”, concluiu.