metropoles.com

Governo diz que vai bloquear R$ 1,5 bi no orçamento e amplia previsão de rombo nas contas

Indicação de bloqueio e nova projeção de rombo (de R$ 145,4 bilhões) foram apresentadas em relatório divulgado nesta sexta-feira (21/7)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Foto colorida de visão geral da Esplanada dos Ministérios, em Brasília
1 de 1 Foto colorida de visão geral da Esplanada dos Ministérios, em Brasília - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O governo federal apontou nesta sexta-feira (21/7) um bloqueio adicional de R$ 1,5 bilhão no Orçamento anual de 2023 e aumentou a projeção de rombo nas contas públicas. Em maio, o governo havia decidido bloquear R$ 1,7 bi. Com isso, o total contingenciado no ano é de R$ 3,2 bilhões.

Um decreto deverá ser assinado nos próximos dias para confirmar o bloqueio. O governo ainda não anunciou quais ministérios serão atingidos.

Bloqueios no orçamento são feitos para cumprir o teto de gastos públicos. Essa regra de controle – que foi instituída na gestão Michel Temer (MDB) e permanece em vigor – impede o crescimento das despesas acima da inflação do ano anterior.

Os bloqueios ocorrem após aumento na projeção de despesas obrigatórias. Como o próprio nome já diz, esse termo inclui gastos que o governo não pode deixar de fazer, como, por exemplo, o pagamento dos benefícios previdenciários e assistenciais e o salário do funcionalismo.

No primeiro semestre, Câmara e Senado votaram o novo marco fiscal, proposta do governo Lula para substituir o teto de gastos. Como senadores fizeram alterações no texto, os deputados irão analisar as mudanças em nova rodada de votação, que deverá ocorrer em agosto, após o recesso legislativo.

Déficit

A estimativa de déficit primário (o rombo nas contas públicas) neste ano subiu de R$ 136,2 bilhões para R$ 145,5 bilhões, o que equivale a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

O déficit ocorre quando as despesas superam as receitas. Estão descontados do cálculo os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

Apesar do aumento, esse valor ainda está abaixo da meta fiscal para 2023, que indica déficit primário de R$ 238 bilhões (2,2% do PIB).

Os números constam no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre, divulgado nesta sexta pelos ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda.

Segundo a secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, o governo mantém a perspectiva de déficit primário de 1% do PIB em 2023.

Ela explicou que o “ligeiro aumento” no déficit do 2º para o 3o bimestre se deveu, em grande medida, ao pagamento do acordo de compensação a estados e municípios pelas perdas de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) causadas pela desoneração de combustíveis no governo Jair Bolsonaro.Foram R$ 4,6 bilhões.

“Nada muda em relação à trajetória que foi pensada. Permanece essa expectativa a ser alcançada de déficit em torno de 1% do PIB”, disse Varga.

Revisão dos parâmetros

No relatório, o governo também revisou os parâmetros macroeconômicos. A estimativa para o PIB ao fim do ano passou de 1,9% para 2,5%.

Já a projeção para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 5,6% para 4,8%. Essa revisão se aproxima do teto da meta.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% (piso) e 4,75% (teto).

Inflação pode terminar 2023 dentro do limite da meta, diz secretário da Fazenda

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?