metropoles.com

Governo anuncia presença permanente de segurança em terra Yanomami

O governo federal empregará R$ 1,2 bilhão de orçamento para medidas consideradas permanentes, em vez de emergenciais, para os Yanomamis

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igor Evangelista/MS
Foto colorida de atendimento médico de Yanomamis por médicos enviados pela Força de Saúde do Ministério da Saúde - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de atendimento médico de Yanomamis por médicos enviados pela Força de Saúde do Ministério da Saúde - Metrópoles - Foto: Igor Evangelista/MS

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (9/1), medidas de apoio permanente à população Yanomami, em Roraima. Dessa forma, será empregado R$ 1,2 bilhão de “orçamento excepcional” para medidas da chamada Casa do Governo, como o reforço da segurança da área, onde os indígenas vivem sob ameaça de garimpeiros ilegais.

Segundo o ministro Rui Costa, da Casa Civil, isso significa a presença “permanente” do monitoramento da região, com as Forças Armadas e Polícia Federal.

9 imagens
PRF apreende armas de garimpeiros em terra Yanomami
Operação na Terra Indígena Yanomami destrói barracas de garimpeiros
Corpo de menina de 7 anos morta em ataque contra Terra Yanomami é encontrado
Busca na casa de um dos supostos envolvidos em garimpo ilegal
Lula e Janja se encontraram com a associação Suraras do Tapajós, o primeiro grupo de carimbó de mulheres indígenas do país
1 de 9

FAB resgata indígenas durante ataque a terra Yanomami, em julho

Reprodução
2 de 9

PRF apreende armas de garimpeiros em terra Yanomami

PRF/Divulgação
3 de 9

Operação na Terra Indígena Yanomami destrói barracas de garimpeiros

Polícia Federal/Polícia Federal
4 de 9

Corpo de menina de 7 anos morta em ataque contra Terra Yanomami é encontrado

Divulgação / CBMR
5 de 9

Busca na casa de um dos supostos envolvidos em garimpo ilegal

Polícia Federal/Divulgação
6 de 9

Lula e Janja se encontraram com a associação Suraras do Tapajós, o primeiro grupo de carimbó de mulheres indígenas do país

Secom/PR
7 de 9

Presidente Lula participou de evento com indígenas em Brasília em abril

Vinícius Schmidt/Metrópoles
8 de 9

Lula durante visita a indígenas acampados em Brasília

Vinícius Schmidt/Metrópoles
9 de 9

Lula ao lado de indígenas

Ricardo Stuckert

“Nós iremos, em 30 dias, junto com Ministério da Defesa e Polícia Federal, estruturar e reestruturar as Forças Armadas da região, não como forma provisória ou emergencial, mas como presença definitiva para retirar definitivamente eventuais invasores da região”, afirmou o ministro.

O ministro chamou de “vitorioso” o resultado do trabalho contra o crime organizado na terra e contou mais de 400 operações que apreenderam R$ 600 milhões “em patrimônio e recursos financeiros de grupos ilegais”.

Para o governo, essa é uma saída “de um ano de situações emergenciais para ações permanentes em 2024, é uma mudança de página a partir da reunião”, realizada mais cedo no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e demais ministros.

Para Rui, entre “erros e acertos do que conseguimos fazer ou não, a conclusão é que precisa de uma coisa permanente, um novo padrão de ocupação”.

Além das Forças Armadas e Polícia Federal, o governo instalará na Casa de Governo os ministérios dos Povos Indígenas, Meio Ambiente, Direitos Humanos e Educação; a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e Polícia Rodoviária Federal.

Lula convoca reunião

A nova reunião ocorre após uma possível insatisfação de Lula com os resultados na terra indígena em 2023, conforme apurou o Metrópoles. Em dezembro, Lula havia realizado um encontro no dia 22, para cobrar a Funai e o Ministério dos Povos Indígenas para mais planos efetivos de ações na terra Yanomami.

Isso ocorreu um dia após a Justiça Federal de Roraima determinar uma audiência para elaboração de um novo cronograma do combate ao garimpo ilegal na região.

Ao começar a reunião de mais cedo, Lula ressaltou o problema dos extratores ilegais e disse que o governo não pode “perder uma guerra” para esse problema.

“A gente vai decidir tratar a questão de Roraima, questão indígena, dos Yanomami, como uma questão de Estado. A gente vai ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, anunciou.

Governo enfrenta crise humanitária

Em janeiro de 2023, no primeiro ano do novo mandato de Lula, o governo federal se mobilizou para combater o que foi decretado como uma crise humanitária entre os Yanomamis, que tinham altos números de casos de malária e desnutrição, especialmente entre as crianças.

O novo governo apontou negligência com os indígenas durante os anos de gestão de Jair Bolsonaro (PL). Desde então, o Executivo tem dispensado esforços para mais atendentes de saúde em Roraima, além do envio de alimentos.

Entre janeiro e novembro de 2023, 308 pessoas da etnia morreram na terra indígena, das quais, 52,5% são crianças de até 4 anos. A informação consta no relatório mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde (Sesai).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?