Governo analisa se vai cortar ponto de quem aderir a greve geral
Com a movimentação de diversas categorias em adesão à paralisação na próxima sexta (28/4), o Planalto avalia se vai fazer o corte
atualizado
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O Palácio do Planalto está preocupado e monitora as mobilizações das diferentes categorias para a greve geral convocada por várias centrais sindicais para a próxima sexta-feira (28/4). O governo estuda, inclusive, cortar o ponto dos grevistas. Ainda não há uma ideia do número de pessoas que irá às ruas nesta sexta-feira nem do tamanho das manifestações que poderão ser realizadas no Primeiro de Maio, segunda-feira.
Mas o governo teme que, a depender do tamanho dos protestos, haja um adiamento no calendário de discussão das reformas no Congresso. O Planalto quer evitar que a mobilização nas ruas incentive pessoas a virem para Brasília protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência. Nesta terça, a comissão especial da Câmara aprovou por 27 votos a 10 o texto-base da mudança na CLT.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira que vai cortar o ponto de funcionários do município que aderirem ao movimento. No Planalto, a avaliação é que cortar o ponto de quem não trabalha é cumprir uma regra. O governo federal deve alegar que, nos 13 anos de administração petista, as regras não eram respeitadas e não havia nenhum prejuízo aos grevistas que “prejudicavam barbaramente” a população.
Paralelamente, o Planalto ainda está tentando conversar com as centrais sindicais para que elas não convoquem seus associados a aderir à paralisação. A ideia é tentar convencê-las de que a greve só servirá para reforçar o discurso do PT.