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Governistas querem lançar frente contra “juros abusivos” na Câmara

O objetivo dos governistas é lançar a frente parlamentar na Câmara dos Deputados após o Carnaval

atualizado

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Deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do GT do Centro de Governo, do Gabinete de Transição, fala com jornalistas ao sair do CCBB
1 de 1 Deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do GT do Centro de Governo, do Gabinete de Transição, fala com jornalistas ao sair do CCBB - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados pretende criar uma Frente Parlamentar contra os “juros abusivos” para lidar com as altas taxas de tributações bancárias. A proposta dos governistas foi anunciada na última segunda-feira (13/2) e fomentada nesta quarta (14/2), durante um ato dos deputados na Câmara.

A expectativa é da criação de um grupo após o Carnaval.

Além da frente, as bancadas do partido no Senado e na Câmara pretendem convocar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para que ele explique a política monetária da instituição. O documento foi apresentado na Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, e Finanças e Tributação (CFT), na Câmara.

Segundo os petistas, a intenção é debater a manutenção da taxa Selic em 13,75%:

“O tema dos juros tem sido destaque no debate político e econômico nacional. Nós não concordamos com a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic no patamar de 13,75%, a mais alta taxa de juros reais do mundo. Esse é um tema central para os rumos da economia brasileira, para a geração de empregos e deve ser debatido por toda a sociedade e não somente pelo sistema financeiro”, explicou o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).

O evento na Câmara reuniu diversos parlamentares de esquerda, entre eles, a deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o deputado federal e líder do Psol na Câmara, Guilherme Boulos (PSOL-SP), o deputado federal e líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso.

Taxa Selic

No último dia 1°/2, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central optou mais uma vez por manter a taxa Selic em 13,75%, essa foi quarta vez consecutiva que a taxa continuou no mesmo patamar. Segundo a copom, os juros são relativos ao alerta da condição atual “incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos”.

O imposto está sendo bastante criticado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “O problema não é Banco Central independente ou ligado ao governo, é que o Brasil tem uma cultura de juros altos que não combina com a necessidade de crescimento. Por que acabar com a TJLP [Taxa de Juros de Longo Prazo] para não ter financiamento de longo prazo?”, questionou. “Não tem nenhuma justificativa para que a taxa de juros esteja em 13,75%, é uma vergonha o aumento e a explicação que deram para a sociedade”, disse o presidente após decisão do BC.

Lula também vem fazendo uma série de críticas rever a autonomia do Banco Central que, inclusive, já falou em rever quando terminar o mandato do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

“Quero saber do que serviu a independência. Eu vou esperar esse cidadão (Campos Neto) terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o banco central independente”, disse Lula em entrevista a Kennedy Alencar, da RedeTV!, no dia 1º/2.

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