Governistas negociam com Salles para que Rui Costa não vá à CPI do MST
Comissão avalia os requerimentos de convocação em bloco. Governistas articulam para que ministro-chefe da Casa Civil não seja convocado
atualizado
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Lideranças do governo na Câmara dos Deputados tentam barrar a ida de Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil do presidente Lula, à CPI do MST para prestar depoimento. Os líderes articulam um acordo com o relator da comissão, deputado Ricardo Salles (PL-SP), para desistir de uma convocação ou mesmo de um convite ao ministro.
Nesta terça-feira (11/7) e nesta quarta-feira (12/7), a comissão avalia os requerimentos de convocação em bloco.
Em acordo com Salles e o presidente da comissão, o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), a avaliação do requerimento de convocação de Rui Costa foi adiada para 1º de agosto, na volta do recesso parlamentar.
De acordo com apuração do Metrópoles, Salles quer a presença do ministro na comissão de qualquer jeito e articula um convite, ao invés de convocação. O plano de Salles é que a CPI do MST, com a convocação de Costa, tome para si os holofotes dirigidos para a CPI do 8 de janeiro.
Por outro lado, ainda que insistam na presença de Rui Costa na comissão, Salles e Zucco entendem que bater de forma muito dura em Rui Costa poderia atrapalhar futuras negociações com o governo.
Rui Costa foi eleito governador da Bahia em 2014 e reeleito em 2018, permanecendo no cargo até o dia 1º de janeiro deste ano, quando assumiu a Casa Civil de Lula. Trata-se de um dos ministérios mais próximos à Presidência da República, responsável por coordenar ações do governo federal e acompanhar as atividades de outras pastas.
Uma possível queda de Rui Costa é ventilada nos corredores do Congresso. Dessa forma, a manobra para barrar a convocação para a CPI também leva em consideração uma tentativa de evitar que o desempenho de Costa no depoimento seja atrelada a uma eventual demissão.