Governadores tomam posse; União e PT vão comandar 4 estados cada
Nos próximos 4 anos, políticos de União Brasil e PT estarão à frente de quase 1/3 dos estados. Governadores assumem neste domingo (1º/1)
atualizado
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Governadores eleitos nas 27 unidades da Federação do país tomam posse neste domingo (1º/1). Entre eles, 18 foram reeleitos e serão reconduzidos ao cargo. Apenas nove assumirão o posto pela primeira vez.
Somente dois governadores que tentaram a reeleição não venceram: Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo e Carlos Moisés (Republicanos) em Santa Catarina. Doze chefes do Executivo estaduais conseguiram se reeleger ainda no primeiro turno, enquanto seis só levaram a disputa no fim de outubro.
Na divisão dos partidos, União Brasil e PT estarão à frente de quase 1/3 dos estados brasileiros, governando quatro estados cada um. Legenda resultante da fusão entre PSL e DEM, o União estreou nas eleições de 2022 com o mesmo desempenho do PT, que por sua vez repetiu o feito da eleição passada.
O União levou dois governos em primeiro turno: Goiás, com a reeleição de Ronaldo Caiado, e Mato Grosso, com a reeleição de Mauro Mendes. No segundo turno, o Amazonas, de Wilson Lima, e Rondônia, de Marcos Rocha, escolheram representantes da sigla para ocuparem o cargo de governador pelos próximos quatro anos.
Já o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou a primeira fase da corrida pelos governos estaduais à frente das outras legendas, com três governadores eleitos.
Os petistas levaram a melhor no Ceará, com Elmano de Freitas, no Piauí, com Rafael Fonteles, e no Rio Grande do Norte, onde reelegeram Fátima Bezerra. Completa o time petista o governador eleito na Bahia, Jerônimo Rodrigues, que estreou com vitória no pleito deste ano.
A sigla ainda disputou o segundo turno em outras três unidades da Federação: Santa Catarina, São Paulo — maior colégio eleitoral — e Sergipe, sem sucesso.
Em seguida, MDB, PSB e PSDB elegeram três chefes do Executivo estadual cada. No total, 12 estados tiveram segundo turno para o governo estadual em 2022. Somente duas mulheres foram eleitas: Raquel Lyra (PSDB) em Pernambuco e Fátima Bezerra (PT) no Rio Grande do Norte.
Veja o ranking e o mapa dos partidos nos estados:
Apoio a Lula
No cenário que se desenhou após o segundo turno, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o apoio de 11 governadores. São representantes de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Já em meio ao período de transição, governadores que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiram a necessidade de diálogo com o novo governo. O governador reeleito do Acre, Gladson Cameli (PP), chegou a se encontrar com Lula na COP27, no Egito.
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas, também defenderam a manutenção das conversas com o Palácio do Planalto.
Líderes dos maiores colégios eleitorais, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, também sinalizaram querer uma boa relação com Lula, apesar de estarem em lados opostos.
“Olha, eu fui eleito por 13 milhões, 480 mil paulistas para governar, entre 46 milhões de paulistas, então vou olhar o interesse de todos, e isso pressupõe conversar com o governo federal de uma forma republicana. Isso pressupõe, por exemplo, buscar do governo federal políticas públicas para o estado”, disse Tarcísio ao Metrópoles no dia seguinte à sua eleição.
A principal preocupação dos governadores é o impacto da redução do ICMS no caixa dos estados. Eles também buscam o compromisso do petista com um novo pacto federativo.
