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Governadores pedem urgência a Queiroga na compra de Coronavac

Consórcio Nordeste quer que governo compre doses do imunizante para vacinação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Vacinação infantil
1 de 1 Vacinação infantil - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Consórcio de Governadores do Nordeste enviou, na noite de quinta-feira (20/1), um ofício ao Ministério da Saúde cobrando a “compra urgente” da vacina Coronavac contra a Covid para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade.

O ofício, assinado por Paulo Câmara (governador de Pernambuco e presidente do Consórcio Nordeste), foi enviado diretamente ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

No documento, o grupo afirma que a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 precisa ser completada de forma “urgente”, diante do avanço da variante Ômicron no país.

Por essa razão, os gestores pedem a compra de mais doses da Coronavac, que teve uso emergencial em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na tarde de quinta-feira.

“Tal medida deve ser tomada em caráter de absoluta urgência, algo absolutamente compatível com as atribuições deste ministério. Fazemos tal pedido como decorrência do compromisso na busca de soluções para a erradicação de tão terrível pandemia. Nessa condição e certo de vossa compreensão, colocamo-nos inteiramente à disposição para a realização de eventuais reuniões ou esclarecimentos”, pontuam os governadores.

Veja o ofício na íntegra:

Oficio 01 2022 Min Saude PC 20jan2022 by Rebeca Borges on Scribd

Compra da vacina

O Ministério da Saúde avalia a possibilidade de compra de mais doses da Coronavac para o público infantil. No entanto, a pasta ainda não firmou um novo contrato com o Instituto Butantan para fechar um acordo.

Segundo fontes ligadas ao órgão, há 6 milhões de doses da vacina no Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos. As unidades devem ser distribuídas aos estados nos próximos dias.

Covid-19: o que se sabe até agora sobre a vacinação de crianças:

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

baona/Getty Images
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

ER Productions Limited/ Getty Images
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

HUGO BARRETO/ Metrópoles
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

Divulgação/ Saúde Goiânia
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

Hugo Barreto/ Metrópoles
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

baona/Getty Images
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

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