Governadores pedem a Biden parcerias em prol do meio ambiente
Chefes dos Executivos locais defendem impulsionar a regeneração ambiental, o equilíbrio climático e a redução de desigualdades
atualizado
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Governadores brasileiros vão propor ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o desenvolvimento de parcerias para reduzir a degradação ambiental no país e promover o crescimento econômico sustentável.
Em carta, que conta com a assinatura dos 27 chefes dos Executivos locais, eles defendem impulsionar a regeneração ambiental, o equilíbrio climático e a redução de desigualdades.
O aceno é uma tentativa de mudar a imagem do Brasil sobre o tratamento do meio ambiente no país. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilha de ideais semelhantes ao do ex-presidente americano Donald Trump. Biden preza por conceitos opostos.
“A coalizão Governadores Pelo Clima, ampla e diversa, envolvendo progressistas, moderados e conservadores, de situação e de oposição, dos mais diversos partidos, sinaliza o desejo do Brasil por união e construção colaborativa de soluções em defesa da humanidade e de todas as espécies de vida que estão ameaçadas pela degradação de ecossistemas”, destaca o texto.
Entre os compromissos firmados pelos governadores, está a redução dos gases de efeito estufa, a promoção de energias renováveis, o combate ao desmatamento, a melhoria da eficiência na agropecuária; a proteção dos povos indígenas e o reflorestamentos.
“Celebrando a decisão do seu governo em fortalecer a agenda ambiental internacional e o Acordo de Paris, expressamos nossa intenção de implementar ações conjuntas, propondo a cooperação entre os Estados Unidos e os governos estaduais brasileiros, responsáveis pela maior parte da floresta amazônica”, ressalta o documento.
Segundo os governadores, o Brasil pode ampliar a preservação ambiental não apenas na Amazônia, mas também em biomas como Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e o Pantanal — que perdeu grandes áreas em incêndios em 2020 (foto em destaque).
“Acreditamos que é possível iniciar aqui um novo ciclo de evolução civilizatória, tornando o nosso continente mais justo, sustentável, inclusivo e próspero, para as atuais e futuras gerações. Há muito o que reparar, restaurar, curar e construir. E também há muito a inventar para a conquista de um futuro saudável e seguro”, finaliza a carta.