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Governadores esperam que vacinação engrene “lá para abril”, diz Wellington Dias

“Em janeiro e fevereiro, vamos ter poucas doses; em março deve começar a melhorar e a normalizar lá para abril”, diz governador do Piauí

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Vacinação em SP
1 de 1 Vacinação em SP - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Os governadores estão cientes da possibilidade de que falte vacina contra a Covid-19 nos estados pelos próximos dias e esperam que a Campanha Nacional de Imunização demore pelo menos três meses para engrenar. Na avaliação do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que tem liderado as discussões sobre o calendário de vacinação, vai ser nesse momento que o país terá melhor capacidade de vacinação.

“Nós temos uma condição segura de até abril chegar a próximo de 100 milhões de doses. Em janeiro e fevereiro, vamos ter poucas doses; em março deve começar a melhorar e a normalizar lá para abril, quando teremos um volume bem maior, com cerca de 30 milhões de doses por mês. E o Brasil tem sim grande capacidade de vacinação”, disse ao Metrópoles.

Segundo ele, ainda neste mês, o Brasil poderá contar com pelo menos mais 6 milhões de doses. São as 4 milhões que o Instituto Butantan, responsável pela produção da Coronavac, garantiu entregar, além de 2 milhões da vacina de Oxford que vêm da Índia, ainda sem data para chegar ao país. Além dessas doses, o governador destaca que a Fiocruz deve receber insumos.

Ele ressalta, porém, que só após a chegada da matéria-prima é que será iniciada a produção do composto e que cada pessoa precisa de duas doses para se imunizar, por isso a demora para a campanha normalizar.

Ao Metrópoles, o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, Carlos Lula, estimou que as 6 milhões distribuídas a partir dessa segunda (18/1) para os estados acabem em menos de uma semana.

Vacinação antecipada

Wellington Dias também contou ao Metrópoles como foi a noite que antecedeu a entrega das vacinas. “No domingo (17/1), ficamos até por volta de meia-noite tratando da importância de antecipar a vacinação. Quando foi marcado que a vacinação começaria dia 20, a gente levava em conta outro calendário. A gente acreditava que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) só ia tomar a decisão na segunda-feira, dia 18. Era um calendário em que somente na terça faríamos a agenda para repactuação em Brasília. Foi por volta de meia-noite que recebi uma mensagem dizendo que o ministro Pazuello concordava que seria possível chegar a um entendimento para começar a vacinação antes.”

De acordo com ele, todos os governadores desde o início concordavam em dois pontos: manter o plano nacional, com garantia de assegurar uma única data para todo Brasil. “Não fazia sentido ser diferente. O Brasil já errou muito. A desorganização, falta de um plano mais centralizado levou a um custo muito alto de vida”, lamentou.

Único governador que contrariou os demais foi o de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem polarizado com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). O fato de São Paulo ter sido protagonista no domingo (17/1) irritou os outros governadores. Para Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás, o ato simbólico colocou “os outros governadores em uma situação de segunda categoria”.

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Os imunizantes ficam armazenados em câmaras frigoríficas a -18°C
Vacinas foram enviadas, de Guarulhos (SP) aos estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)
Após São Paulo dar a largada em 17/1, os governadores pressionaram o ministro da Saúde para começar a imunização
No primeiro momento, 6 milhões de doses da Coronavac foram distribuídas
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Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acompanhou distribuição dos imunizantes

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Os imunizantes ficam armazenados em câmaras frigoríficas a -18°C

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Vacinas foram enviadas, de Guarulhos (SP) aos estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)

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Após São Paulo dar a largada em 17/1, os governadores pressionaram o ministro da Saúde para começar a imunização

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No primeiro momento, 6 milhões de doses da Coronavac foram distribuídas

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Como são necessárias duas doses do imunizante para cada pessoa, 3 milhões de brasileiros serão vacinados na primeira etapa da campanha

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Entre as aplicações da primeira e da segunda dose do imunizante, está previsto um intervalo de 14 a 28 dias

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A Anvisa aprovou em 17/1 o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca

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Os imunizantes são os dois primeiros aprovados no país contra o novo coronavírus

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