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Governadora de Roraima elogia decisão judicial que barra venezuelanos

Para Suely Campos, Roraima está lidando com as consequências de uma tragédia social com a “total omissão do governo federal”

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EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
TRANSFERÊNCIA DE ÍNDIOS VENEZUELANOS PARA PRÉDIO NA ZONA LESTE DE MANAUS
1 de 1 TRANSFERÊNCIA DE ÍNDIOS VENEZUELANOS PARA PRÉDIO NA ZONA LESTE DE MANAUS - Foto: EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A governadora de Roraima, Suely Campos, disse, nesta segunda-feira (6/8), que a suspensão da admissão de venezuelanos na fronteira de seu estado – determinada pelo juiz federal da 1ª Vara da Federal de Roraima Helder Girão Barreto – foi acertada por respeitar “o sentimento de todo um estado”.

“Não vamos mais aceitar que Brasília trate esta crise migratória por procuração, porque ela bate à nossa porta, não à deles”, disse a governadora, por meio de nota. Segundo ela, Roraima está lidando com as consequências de uma tragédia social com a “total omissão do governo federal”.

A determinação do juiz federal Helder Girão Barreto foi tomada após a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério dos Direitos Humanos e Ministério Público Federal terem se manifestado contrários ao Decreto Estadual 25.681, que determina às forças policiais do estado o controle da fronteira com a Venezuela e proíbe o acesso de imigrantes venezuelanos a hospitais estaduais. A AGU recorrerá da medida.

De acordo com a nota divulgada pela governadora de Roraima, a liminar é um “sinal claro” do “sucesso” da postura de seu governo. “Somos nós que estamos lidando com as consequências de uma tragédia social em nossas fronteiras com a total omissão do governo federal. Estamos desde maio pedindo o fechamento da fronteira no STF (Supremo Tribunal Federal) e o auxílio financeiro para minimizar o impacto em nossos serviços públicos”.

Crítica ao decreto
Segundo a AGU, o decreto assinado pelo governo do estado prejudica direitos dos venezuelanos que vieram ao Brasil, além de interferir em algo que seria de competência federal. Na petição, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, diz que o decreto assinado pela governadora Suely Campos estabelece discriminação e contraria princípios humanitários que o Brasil adota.

O decreto estadual foi criticado também pelo Ministério dos Direitos Humanos.A pasta informou, em nota, que vai recorrer ao Ministério Público. De acordo com o governo, o Brasil é signatário de uma série de tratados internacionais estabelendo regras para assegurar direitos a estrangeiros sob proteção do Estado.

Decisão judicial
Na decisão que suspende a entrada de venezuelanos no país, o juiz Hélder Barreto diz ser “imperioso rechaçar a ideia de que, em matéria da imigração, a União tudo pode, e os estados e municípios tudo devem suportar”. Ele acrescenta que o Estado brasileiro pode adotar a política de imigração que entender, desde que não viole a Constituição Federal e a autonomia dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

“O ônus dessa política deve ser repartido por todos e não suportado por apenas um”, acrescentou o magistrado. Segundo ele, o Brasil acolhe os imigrantes venezuelanos “desde que eles fiquem em Roraima”.

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