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Google vai apagar histórico de visitas a clínicas de aborto

A decisão de deletar o histórico de localização dos usuários ocorre em meio à discussão da proibição do aborto nos EUA

atualizado

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foto ilustrativa de uma pessoa usando uma lupa pare ver a logo do Google no computador
1 de 1 foto ilustrativa de uma pessoa usando uma lupa pare ver a logo do Google no computador - Foto: Reprodução

Em meio às discussões sobre decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de derrubar lei federal que garantia o direito das mulheres a abortarem legalmente no país, o Google tomou uma iniciativa para preservar as mulheres. A empresa anunciou que excluirá automaticamente todos os históricos de visitas a clínicas de aborto, cirurgia plástica, perda de peso, dependências e de fertilidade.

Antes de a Corte derrubar a decisão, de 1973, conhecida como Roe vs. Wade, as mulheres nos EUA podiam interromper uma gravidez até o primeiro trimestre. Após o entendimento, 13 estados já proibiram o aborto.

Assim, o Google decidiu evitar a exposição dos usuários. De acordo com comunicado da empresa, há a opção de editar históricos de localização, no entanto, nesses casos específicos, a localização será deletada proativamente.

“Estamos comprometidos em fornecer proteções de privacidade robustas para as pessoas que usam nossos produtos e continuaremos procurando novas maneiras de fortalecer e melhorar essas proteções”, escreveu Jen Fitzpatrick, vice-presidente sênior do Google, em post na internet.

Brasil

A legislação brasileira sobre aborto autoriza a interrupção da gravidez em três casos: quando a gestação representa risco para a vida da mulher; após estupro/violência sexual; e em situações de feto anencéfalo.

Nas situações previstas por lei, autorizações judiciais ou boletins de ocorrência não são necessários para que o aborto seja feito. Qualquer hospital pode realizá-lo, na teoria, mas poucos fazem de fato. Soraia Mendes, advogada especialista em direito das mulheres, aponta que “parte do corpo médico responsável por esses procedimentos ainda se considera ‘senhor’ do corpo feminino”.

No Brasil, um caso recente gerou polêmica. Uma criança de 11 anos de Santa Catarina que foi estuprada e posteriormente impedida, pela Justiça, de fazer aborto conseguiu realizar o procedimento para interromper a gestação.

Inicilmente, a Justiça de Santa Catarina impediu a menina de realizar aborto. A juíza Joana Ribeiro Zimmer, titular da Comarca de Tijucas, decidiu manter a criança em um abrigo.

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