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Google enviesou respostas de buscas sobre PL das Fake News, diz estudo

Pesquisadores da UFRJ afirmam que gigante da tecnologia levou usuários a artigos contrários a PL das Fake News. MPF pediu explicações

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Mateusz Slodkowski/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Foto colorida de tela de celular com a palavra Google ao fundo -- Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de tela de celular com a palavra Google ao fundo -- Metrópoles - Foto: Mateusz Slodkowski/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O pedido de informações feito ao Google Brasil pelo Ministério Público Federal (MPF) foi motivado por um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Monitoramento do NetLab, grupo de pesquisa em tecnologia da informação, apontou que o mecanismo de busca do Google apresentou resultados enviesados quando os usuários pesquisavam sobre o Projeto de Lei 2.630, conhecido como PL das Fake News.

Nesta terça-feira (2/5), a Câmara dos Deputados se prepara para analisar o projeto, que busca regulamentar as gigantes da tecnologia que hoje controlam a rede. Na última terça-feira (25/4), os parlamentares decidiram votar o projeto em regime de urgência. Desde então, as empresas de tecnologia e políticos da oposição se articularam para barrar a medida.

O levantamento do NetLab, em resumo, aponta que nas plataformas do Google, seja seu sistema de buscas ou o YouTube, os primeiros resultados levam a conteúdo partidário contra o PL das Fake News, induzindo o usuário a artigos cujo título é “PL da Censura”. Além disso, nessa segunda-feira (1º/5), o Google colocou em sua própria tela inicial mensagem contra o projeto de lei.

“Estas diferentes estratégias sugerem que o Google vem se aproveitando de sua posição de liderança no mercado de buscas para propagar suas ideias e influenciar negativamente a percepção dos usuários sobre o projeto de lei em prol de seus interesses comerciais, o que pode configurar abuso de poder econômico”, afirmou o grupo de pesquisa.

No YouTube, quando se pesquisa por informações sobre o PL das Fake News os primeiros resultados são vídeos de políticos identificados com a extrema-direita e da produtora de filmes bolsonarista Brasil Paralelo. Além disso, a Google anunciou no Facebook, rede social da concorrente Meta que também seria afetada pelo PL, e no Spotify, o que vai contra as regras de publicidade da própria plataforma de streaming de música.

Leia aqui o estudo do NetLab.

Após a empresa de tecnologia entrar em peso no debate sobre o Projeto de Lei, a Secretaria Nacional do Consumidor, subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou que abrirá um processo para apurar suposta prática abusiva do Google, conforme anunciou o secretário Wadih Damous.

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