Golpista que dizia ser diplomata no Tinder é acusado de estupro
Homem preso esta semana enganava, dopava, roubava e ainda é suspeito de abusar de mulheres de alto poder aquisitivo em São Paulo
atualizado
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Um homem de 41 anos que fingia ser procurador federal e diplomata em aplicativos de relacionamento é acusado de estupro e roubos contra mulheres de alto poder aquisitivo em São Paulo. O suspeito foi preso na tarde de quinta-feira (26/4) no restaurante Pirajá, na Alameda Santos, nos Jardins, segundo reportagem publicada pela Veja São Paulo nessa sexta (27).
De acordo com as investigações policiais, Lauro Chamma Correia conhecia as vítimas por meio dos aplicativos Happn e Tinder e marcava encontros em restaurantes badalados da cidade. Quando chegava ao local combinado, as dopava por meio do golpe conhecido como “Boa noite Cinderela”.
Depois, ele as levava para as casas das mulheres, ou para seu flat no Jabaquara, onde abusava sexualmente delas e tinha acesso livre a seus cartões de crédito. Em um dos casos, Correia chegou a filmar um dos estupros com seu celular. O equipamento foi apreendido.
Das quatro mulheres que denunciaram Correia, duas prestaram depoimentos nesta sexta-feira (27) no 5º DP (Aclimação). Moradoras de bairros como Moema, Liberdade e Aclimação, as vítimas estão na faixa dos 40 anos e teriam sido enganadas pelo homem a partir de junho de 2017. São uma médica, uma contadora, uma psicóloga e uma advogada, ainda segundo a Veja São Paulo.
A reportagem também mostra que, nos aplicativos, Correia indicava ser um homem bem-sucedido. Exibia extremo bom gosto, ao dizer que gostava de jazz e postar fotos de lugares turísticos disputados no mundo, como Paris, Nova York, Londres e Dubai.
Mas, por trás de toda essa propaganda, estava um golpista e criminoso, segundo a polícia. Com o cartão de uma das mulheres, o homem chegou a fazer compras de equipamentos eletrônicos no valor de R$ 14 mil. Depois, gastou em torno de R$ 2 mil em produtos de um supermercado, além de usá-lo em corridas de Uber.
Correia confessou ter mentido nas redes sociais, mas se diz inocente dos crimes de roubo e estupro. “Elas que beberam e se drogaram”, afirmou. Questionado pela reportagem da Veja São Paulo sobre a semelhança dos relatos das vítimas, desconversou. “Foi coincidência”.