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Golpista que agia em app de relacionamentos tem habeas corpus negado

Homem roubou R$ 150 mil de mulher que conheceu em app de namoro, após manipular seus sentimentos; ele está foragido

atualizado

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Foto: Ana Maria Serrano/Getty Images
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São Paulo – A Justiça de São Paulo negou pedido para revogar a prisão preventiva de um homem acusado de dar golpes em mulheres por meio de aplicativos de relacionamento. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), ele se aproximava das vítimas por meio das ferramentas e manipulava seus sentimentos. Ele foi preso por roubar R$ 150 mil de uma mulher.

A 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) entendeu que a decisão que determinou a prisão preventiva foi bem fundamentada. Segundo a denúncia, o homem, que morava em São Bernardo do Campo, conheceu a vítima no fim de 2020 por meio de um aplicativo, e eles começaram a se relacionar.

Em janeiro de 2021, ele disse a ela que estava com problemas financeiros e lhe propôs uma sociedade em uma loja de comercialização de aparelhos celulares. A vítima acreditou e passou a realizar empréstimos para ele, totalizando R$ 150 mil.

Em maio, a mulher precisou se submeter a uma cirurgia, e pediu os dados pessoais do homem para cadastrá-lo como acompanhante, mas, no dia da cirurgia, ele não apareceu, e ela descobriu que os dados eram falsos. Ela não conseguiu mais contatá-lo, se deu conta de que caiu em golpe, e denunciou o caso à Polícia.

Segundo o MPSP, há diversos boletins de ocorrência registrados contra o homem, a maioria relacionadas ao delito de estelionato. A prisão preventiva foi determinada em dezembro do ano passado, na mesma data em que a denúncia foi recebida pela Justiça. Entretanto, até hoje ele não foi encontrado – por isso, é considerado foragido da Justiça.

No acórdão, os desembargadores do TJSP entenderam que “diante da gravidade concreta dos fatos” a prisão foi decretada “por conveniência da instrução criminal e para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”.

Segundo a promotora de Justiça que atua no caso, Érika Pucci da Costa Leal, diligências continuam sendo realizadas pela Polícia Civil para localização do réu.

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