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Golpe de 64: “Resultados são piores a custo muito maior”, diz Barroso

Presidente do STF, Luís Roberto Barroso discursou na abertura da sessão desta 4ª da Corte relembrando o golpe militar de 1964

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra o ministro do supremo tribunal federal, luis roberto barroso - Metrópoles - Foto: Jacqueline LIisboa/Metrópoles

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), discursou na abertura da sessão desta quarta-feira (3/4) da Corte relembrando o regime militar no Brasil, iniciado há 60 anos e que durou até 1985. Barroso afirmou que “quem viveu processos autoritários sabe que, no fim do dia, os resultados são piores a um custo muito maior”.

Para o presidente do STF, todos que viveram os dias “difíceis” do país, sabem valorizar o que é “viver em uma democracia constitucional”.

“A democracia pode ser um regime político mais complexo porque exige negociações e concessões, ao passo que, no autoritarismo, é possível impor soluções de cima para baixo. Mas quem viveu processos autoritários sabe que, no fim do dia, os resultados são piores a um custo muito maior”, afirmou Barroso.

Barroso explica o motivo de usar a palavra “golpe”

O ministro explicou que usa a palavra “golpe” para se referir ao ocorrido em 1964 pois, em março daquele ano, João Goulart, ou Jango, como era popularmente conhecido, foi destituído por militares.

A ditadura militar no país, que durou 21 anos, restringiu direitos sociais e individuais, torturou, matou e prendeu pessoas por motivos políticos e também fechou o Congresso por meses e tomou mandatos e empregos públicos.

Na época, houve também censura contra a arte e a imprensa.

“Tratou-se, inequivocamente, de um golpe, porque esse é o nome que se dá em ciência política e em teoria constitucional à destituição do Presidente por um mecanismo que não seja o previsto na Constituição”, disse Barroso.

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