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Goiás supera Minas no comércio de pequi e comemora recorde com festa

“Uma festa dedicada ao pequi é uma demonstração da valorização da tradição goiana”, diz o presidente da Ceasa-GO, Lineu Olímpio

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goias feira do pequi
1 de 1 goias feira do pequi - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Amado ou odiado, mas sempre polêmico – do paladar ao regionalismo -, o pequi ganhou um festival exclusivo para ele em Goiás. O evento é para comemorar o fato de Goiás ter conquistado a liderança na comercialização do produto. Isso porque, embora dispute com Minas Gerais quem é o maior produtor, o estado goiano é o que mais recebe o fruto e o coloca à venda.

De acordo com dados das Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa Goiás), na safra de 2020/2021, o estado goiano, que produziu 2 mil toneladas de pequis, comercializou mais de 6 mil toneladas da iguaria.

Há ainda expectativa de novo recorde na safra 201/2022. A temporada, que começou em setembro e segue até março, já colocou à venda 5,1 mil toneladas, o que cria a expectativa de novo recorde de vendas.

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Feira tem organização da Ceasa
Objetivo é valorizar o fruto
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Dados do Ceasa apontam que o entreposto de Goiânia é o maior vendedor de pequi do país

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Abertura da I Feira do Pequi ocorreu nesta quinta (25/11) em Goiânia

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Os números representam um marco para o estado. O fruto controverso e típico do cerrado esteve recentemente em meio a uma “guerra” que coloca em pauta a identidade cultural de dois estados que fazem divisa e têm muita identificação entre si: Goiás e Minas Gerais.

Para comemorar a liderança, o entreposto organizou a I Festa do Pequi. Segundo o presidente da Ceasa-GO, Lineu Olímpio, o objetivo da festa também é evidenciar para toda a sociedade a importância da central no comércio pequizeiro.

Na avaliação dele, uma festa dedicada ao pequi é uma demonstração da valorização da cultura e da tradição goianas, além do fortalecimento institucional, o que realmente alavancou a realização do evento.

Safras regionais de pequi 

Na Ceasa Goiás, o pequi começa a chegar em setembro, com a remessa do Tocantins, que representa cerca de 30% de tudo que entra do produto no entreposto goiano. O pequi tocantinense mantém a demanda até meados de outubro, quando dá entrada na companhia, as primeiras cargas da produção goiana.

Já o pequi de Minas Gerais pode ser encontrado na Ceasa/GO em dezembro, e é o responsável pela comercialização até janeiro. Com menos expressividade, o pequi matogrossense pode ser encontrado no mercado em meados do mês de novembro.

É o fruto originário do Noroeste goiano, às margens do Rio Araguaia, que é considerado o “filé mignon” dos pequis na Ceasa/GO, por apresentar caroços maiores, mais ricos em polpa e sabor. Quando a produção de São Miguel do Araguaia chega à Ceasa/GO e feiras, ela apresenta preço mais elevado, justamente por representar o que de melhor se produz em relação ao fruto.

 

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