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Goiás supera 12 mil mortos pela Covid; vacinação ainda é tímida

Secretaria Estadual de Saúde informa que 6,73% da população goiana foi imunizada com 1ª dose contra a doença; em 2ª dose, apenas 1,8%

atualizado

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familiares participam de enterro de parente, vítima da covid-19, em cemitério de goiânia, goiás
1 de 1 familiares participam de enterro de parente, vítima da covid-19, em cemitério de goiânia, goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Com apenas 1,85% de sua população imunizada com a segunda dose da vacina contra a Covid-19, Goiás ultrapassou, no final da tarde desta segunda-feira (5/4), a marca dos 12 mil mortos pela doença, três dias depois de o estado receber a maior remessa de imunização. A marca de mil novos mortos foi superada no segundo menor tempo desde o início da pandemia.

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Sepultamento de vítima de Covid-19, em Goiânia
Alta demanda por enterros no início de 2021 obrigou cemitério a já deixar covas abertas, em Goiânia
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Prefeitura de Goiânia chegou a usar escavadeiras para abrir covas, em 2021

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Vítima da Covid-19 é sepultada em cemitério da capital goiana

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Goiás viveu o colapso do sistema da saúde e do setor funerário entre março e abril de 2021

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Enterro de vítima de Covid-19, em Goiânia

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Covas são abertas por escavadeira em cemitério municipal de Goiânia

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Enterro de vítimas da Covid-19 em cemitério de Goiânia

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Enquanto a escavadeira joga terra sobre o caixão, em cemitério de Goiânia, familiar de uma das pessoas enterradas reza

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Familiares acompanham enterro de parente vítima da Covid-19, em Goiânia

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Sepultamento de vítima de Covid-19 em Goiânia

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A estatística letal da crise sanitária, porém, é incapaz de quantificar o que imensurável: a dor, tristeza e desolação de famílias e amigos das vítimas, além do sentimento de vazio e luto profundos deixado entre todas as pessoas próximas a elas.

Não há fórmula matemática que consiga interpretar a devastação que a Covid provocou entre familiares como os do locutor Ivan Alves Diniz, de 57 anos, morto por complicações da doença, no último domingo (4/3), em Rio Verde, sudoeste de Goiás.

A esposa do locutor, Rose Diniz, três filhos e o neto também estão com coronavírus, mas se recuperam em casa. No sábado (3/4), o locutor teve de ser intubado, pois o estado de saúde dele passou para gravíssimo.

Ele morreu após sofrer parada cardíaca e os rins paralisarem. Como os shows foram suspensos por causa da pandemia, vendia hambúrgueres, antes de ser internado.

“Seus versos, poemas, sua história, sempre estarão vivos no rodeio brasileiro”, escreveu o cantor Jota Lenon, em meio a centenas de homenagens nas redes sociais para o locutor, que era conhecido como “poeta do rodeio”.

O Sindicato Rural de Rio Verde se solidarizou com familiares e disse que o locutor “deixa um legado e uma história pelo rodeio brasileiro”. “Ele, por inúmeras vezes, abrilhantou a arena do rodeio de Rio Verde. Nossos sentimentos a familiares e amigos”.

O Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação de Goiás (Sindicom) também publicou homenagem para o locutor nas redes sociais e fez um alerta sobre a gravidade da Covid. “Se cuidem, essa doença não é brincadeira”.

O governador Ronaldo Caiado (DEM) também tem usado suas redes sociais para prestar homenagens a vítimas de Covid em Goiás. Entre as mais recentes, estão o policial civil Juliano Telles Alves, de 37, o policial militar Raimundo Nonato de Castro, de 56, e o motorista Clemente de Paula Ferreira, que não teve idade divulgada.

“São perdas irreparáveis. Minha solidariedade a todos os familiares e amigos. Que Deus nos ilumine e nos conforte nesse momento de dor”, escreveu o governador, no Instagram. Os três morreram no final de semana.

Além de continuar em situação de calamidade em relação à doença, conforme avaliação da própria Secretaria Estadual de Saúde (SES), Goiás alcançou o segundo menor tempo com o qual se atingiu a marca de 1 mil mortos por Covid desde o início da pandemia.

De mil em mil

A seguir, veja a evolução cronológica de 1 mil mortes de Covid registradas em Goiás.

  • 26 de março: 1ª morte
  • 7 de julho: 1000 mortes (103 dias depois)
  • 27 de julho: 2 mil mortes (20 dias depois)
  • 13 de agosto: 3 mil mortes (17 dias depois)
  • 31 de agosto: 4 mil mortes (18 dias depois)
  • 19 de setembro: 5 mil mortes (19 dias depois)
  • 19 de outubro: 6 mil mortes (30 dias depois)
  • 11 de janeiro: 7 mil mortes (84 dias depois)
  • 15 de fevereiro: 8 mil mortes (35 dias depois)
  • 8 de março: 9 mil mortes (21 dias depois)
  • 17 de março: 10 mil mortes (9 dias depois)
  • 26 de março: 11 mil mortes (9 dias depois)
  • 5 de abril: 12 mil mortes (10 dias depois)

Os recordes de mil mortes pela doença em menos tempo foram registrados nos dias 17 e 26 de março, datas em que foram alcançados 10 mil e 11 mil mortos por Covid, respectivamente. As duas marcas levaram apenas nove dias para serem atingidas.

O número de 12 mil mortos, porém, levou 10 dias para ser superado, em relação à marca anterior, conforme monitoramento do Metrópoles, com base em dados divulgados pela SES.

Aliados do vírus

Além do desrespeito a protocolos sanitários recomendados por autoridades de saúde, o coronavírus tem como forte aliada a lenta campanha de vacinação em todo o país. Em Goiás, não é diferente.

Na última sexta-feira (2/4), durante feriado prolongado da Semana Santa, o estado recebeu nova remessa com 266,8mil doses de vacinas,  a maior desde o início da pandemia

Ao longo desta semana, 241,8 mil pessoas receberão segundas doses da Coronavac e outras 25 mil, da AstraZeneca. Em todo o estado, apenas 472.592 pessoas receberam (6,73%) a primeira dose e outras 129.568 (1,85%), a segunda.

“Essas doses, segundo recomendação do Ministério da Saúde, serão utilizadas para fazer as segundas doses das últimas duas remessas que havíamos utilizado, todas, como primeira dose”, explicou o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrinho. “É um lote significativo, grande, importante”, acrescentou.

Primeiras vítimas e vacinadas

A idosa Maria Lopes, de 66 anos, foi a primeira vítima da Covid em Goiás. Ela morreu, em 26 de março de 2020, no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia. Morava em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e sofria de hipertensão, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica, além de ter dengue pouco antes da Covid-19.

Somente dez meses depois, em 18 de janeiro deste ano, Goiás e todo o país iniciaram a campanha de vacinação contra a Covid-19. A idosa Maria da Conceição, de 73, moradora de um abrigo em Anápolis, a 60 quilômetros de Goiânia, recebeu a primeira dose no estado.

Um dia antes, a campanha de vacinação contra Covid teve início no Brasil, com a aplicação da primeira dose na enfermeira Mônica Calazans, de 54. No país, a primeira vítima foi uma paciente de 57 anos, que estava internada no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, em São Paulo.

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