Goiás registra surto da síndrome mão-pé-boca em mais de 14 cidades
Segundo secretaria, foram registrados mais de 650 casos da síndrome mão-pé-boca em quatro meses. Doença tem tratamento para os sintomas
atualizado
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Goiânia – A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) investiga mais de 650 casos suspeitos de síndrome mão-pé-boca no estado. De acordo com a pasta, foram registrados 56 surtos em 14 municípios. A doença contagiosa é bastante comum em crianças até os cinco anos de idade.
Pelo Ministério da Saúde, a doença mão-pé-boca é classificada como uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca).
Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.
Conforme os dados da SES, divulgados na terça-feira (2/5), o maior número de casos foi registrado em Aparecida de Goiânia, com 288 infectados. Em seguida, a capital Goiânia, com 131 casos.
Vejas os casos:
- 288 casos em Aparecida de Goiânia
- 131 em Goiânia
- 3 casos em Barro Alto
- 10 casos em Caldas Novas
- 4 em Carmo do Rio Verde
- 6 em Cezarina
- 11 em Corumbaíba
- 11 em Cumari
- 5 em Jesúpolis
- 40 em Mundo Novo
- 13 em Ouvidor
- 23 em Pires do Rio
- 64 em Santo Antônio da Barra
- 37 em Silvânia
Sintomas e tratamento
São sintomas da doença: febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões; aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas; erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital; mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia; e, por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação.
Já o tratamento se dá apenas na amenização dos sintomas. Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta. Ainda não há vacina para a mão-pé-boca.