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Goiás: mulher de 54 anos é 1ª morte confirmada por dengue em 2022

Secretário estadual de Saúde confirma que estado tem muitos casos da doença, que pode ter vários sintomas, porém nega cenário de epidemia

atualizado

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James Gathany/SPL DC/Latinstock
Aedes Aegypti
1 de 1 Aedes Aegypti - Foto: James Gathany/SPL DC/Latinstock

Goiânia – Uma mulher de 54 anos morreu por complicações da dengue, em Inhumas, na região metropolitana da capital goiana, na terça-feira (22/2). Ela é considerada oficialmente a primeira vítima confirmada da doença em 2022, em Goiás, que registrou aumento de 215% no número de casos em comparação com o ano passado.

O secretário estadual de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, confirmou ao Metrópoles a grande quantidade de casos da doença e fez alerta para a população.

“Em Goiás, tem, sim, muitos casos de dengue. É uma doença que não pode ser subestimada pela população. Ela traz inúmeros sintomas e sua forma mais grave pode levar a morte”, destacou.

Mais 13 mortes suspeitas

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SESGO), o estado analisa outros 13 óbitos que estão suspeitos de dengue. Por isso, o número de mortes pela doença pode aumentar, assim que os resultados dos exames forem divulgados.

Em geral, a quantidade de pessoas com dengue já aumentou 215% nas primeiras semanas deste ano em comparação com o mesmo período de 2021. Além dos 24.710 casos notificados nestas primeiras semanas, a secretaria investiga também as mortes provocadas por dengue.

Apesar do aumento de casos, o secretário nega qualquer hipótese de epidemia da doença no estado.

“Dengue, em Goiás, no período chuvoso é endêmico. Não se trata de epidemia. Epidemia é o que está fora do previsto. Endemia é o previsto, o esperado. Muitos casos de dengue nesta época do ano são previstos e todo ano tem”, disse Ismael.

Maiores riscos

Pessoas com algum tipo de doença ou que já pegaram dengue antes, segundo a secretaria, estão mais suscetíveis a terem casos graves da doença. Isto porque o risco é ainda maior para pessoas que tiveram o mesmo diagnóstico após picada do mosquito Aedes Aegypti pela segunda ou terceira vez.

Na lista de doenças que podem piorar o estado de saúde de quem estiver com dengue, estão hipertensão, diabetes, doenças renais ou cardíacas. Além disso, conforme destaca a secretaria, a dengue não escolhe faixa etária.

“Mosquito se reproduzindo”

Infectologistas alertam que alguns sintomas, como vômito e dores abdominais persistentes, são sinais de alerta da dengue. Além disso, as pessoas devem ficar atentas também em casos de febre alta, sangramento, insuficiência hepática ou se não conseguirem ficar em pé.

É por isso que, mesmo durante o período da pandemia da Covid-19, segundo autoridades sanitárias e especialistas, a população não pode se esquecer das ações de prevenção à dengue.

“Sua transmissão é através do mosquito Aedes Aegypti e onde tiver qualquer quantidade de água acumulada poderá ter mosquito se reproduzindo. Uma poça, uma tampinha com água, uma folha com água, tudo isso são locais de proliferação do mosquito, que é o vetor”, explicou o secretário.

Ranking de incidência

Até outubro de 2021, Goiás foi considerado o segundo estado com maior incidências de casos de dengue no país, segundo o Ministério da Saúde. Ficou atrás apenas do Acre.

De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2021, Goiás registrou 43,3 mil casos de dengue, o que corresponde a uma taxa de 599,6 para cada 100 mil habitantes.

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