Goiás mantém regime de aulas remotas nas escolas da rede pública
Segundo a Secretaria da Educação, 30% dos profissionais administrativos seguem nas unidades em sistema de revezamento
atualizado
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Goiânia – As escolas públicas da rede estadual em Goiás não retornarão para o sistema de aulas presenciais. O modelo continuará sendo o remoto, a exemplo do que prevaleceu em 2020. Conforme o Governo de Goiás, o chamado Regime Especial de Aulas Não Presenciais (Reanp) foi elogiado no ano passado.
A decisão da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vem mesmo diante da publicação de um novo decreto do Estado que autoriza a realização de aulas presenciais, respeitando a orientação Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Enfrentamento ao Coronavírus (COE).
De acordo com a Seduc, mesmo no regime remoto, as escolas estaduais permanecerão com 30% do quadro administrativo nas unidades em sistema de revezamento. A intenção é garantir atendimento à comunidade escolar e possibilitar a entrega dos kits de alimentação.
Os profissionais com 60 anos ou mais, com imunodeficiências ou com doenças preexistentes crônicas ou graves, gestantes ou lactantes com filhos de até 12 meses, serão mantidos em regime de teletrabalho.
Estrutura
Em diversas unidades escolares já são organizados plantões de dúvidas e aulas remotas transmitidas das salas de aula e acompanhadas em casa.
Além disso, segundo a Seduc, entre outubro e dezembro de 2020, o Governo de Goiás repassou R$ 157,5 mil para cada escola adquirir equipamentos de proteção individual e coletiva, de forma direta e descentralizada, e contratar serviços de manutenção, higienização e desinsetização.
A medida teve como objetivo acelerar o processo de aquisição e atender necessidades específicas de cada unidade.
Ano letivo de 2021
As aulas nas escolas públicas estaduais tiveram início no dia 25 de janeiro deste ano, com cerca de 8% da rede em aulas hibridas. No mês de fevereiro, esse percentual chegou em torno de 15%.
Com a piora na situação epidemiológica em todo o Estado e o aumento de casos de Covid-19, as aulas presenciais foram suspensas e toda a rede estadual passou a atender em regime não presencial. Agora, diante do novo decreto, as unidades começam a se organizar para retomar o atendimento presencial aos estudantes, mas, por enquanto, prosseguem em Reanp.
Vacinação
Professores e servidores administrativos da rede estadual de Educação de Goiás cobram a vacinação do Governo e se colocam contrário ao retorno presencial, sem que haja a imunização dos trabalhadores contra a Covid-19.
“Seguimos cobrando celeridade na vacinação dos trabalhadores, apenas assim as aulas presencias poderão ter início de forma segura para todos”, diz o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO). A entidade ressalta ainda a iniciativa do município de Anápolis (GO), que anunciou a inclusão dos profissionais da Educação no grupo prioritário de vacinação contra a doença.
“Fazemos um apelo a todos os municípios e ao Estado de Goiás para que, assim como Anápolis, entendam que as aulas só podem ocorrer de forma presencial quando os servidores da Educação estiverem vacinados. Goiás passa pelo pior momento da pandemia, não é o momento para agir de forma precipitada e sim, de maneira responsável com a vida de todos”, ressalto o sindicato.