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Goiás lança alerta com último áudio de vítima da Covid: “Não tenho ar”

“Ou você escuta que a Covid-19 mata ou quem vai escutar é a sua família. Evite aglomerações”, diz o material destinado à população

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“Eu não tenho… Não tenho ar… Sinto muito… A falta de ar… Tô passando momentos difíceis. Conto com a ajuda aí de vocês. Com um milagre de Deus. O meu caso não evolui”. O áudio com voz ofegante é de uma das mais de 8.500 vítimas de Covid-19 em Goiás e está na mais nova campanha do governo estadual para alertar a população sobre o surto da doença.

Às 14h deste domingo (28/2), segundo painel online atualizado em tempo real pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (Ses-GO), o estado chegou a registrar 96,31% de ocupação dos 407 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com Covid-19.

O painel da Ses-GO mostra que, em todo o estado, estão disponíveis apenas 15 leitos de UTI para pacientes com Covid. No total, 383 estão ocupados e outros 9, bloqueados. O Hospital de Campanha de Goiânia (HCamp) está com lotação máxima.

A voz ofegante e com fortes pausas, segundo o governo do estado, é do taxista Sandro Adrésio, de 51 anos, e mostra a dificuldade dele para respirar. Assim como ocorre nos casos de milhares de pacientes contaminados e que estão internados em UTI.

A campanha de conscientização termina com um alerta do governo: “Ou você escuta que a Covid-19 mata ou quem vai escutar é a sua família. Evite aglomerações. Use máscara e álcool em gel”.

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Vítima de Covid-19 é sepultada no Cemitério Municipal Vale da Paz, em Goiânia. Cena cada vez mais comum
Coveiro de cemitério em Goiânia veste proteção para fazer sepultamento de vítima de Covid-19
Coveiro de cemitério de Goiânia tira proteção após sepultamento de vítima com Covid-19 para queimar em latão
Coveiro se prepara para mais um sepultamento de vítima da Covid-19, em Goiânia. Situação preocupante
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Sequência de covas abertas para enterro de vítimas de Covid-19, na capital goiana. Número alto de sepultamentos

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Vítima de Covid-19 é sepultada no Cemitério Municipal Vale da Paz, em Goiânia. Cena cada vez mais comum

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Coveiro de cemitério em Goiânia veste proteção para fazer sepultamento de vítima de Covid-19

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Coveiro de cemitério de Goiânia tira proteção após sepultamento de vítima com Covid-19 para queimar em latão

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Coveiro se prepara para mais um sepultamento de vítima da Covid-19, em Goiânia. Situação preocupante

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Novos leitos de UTI são abertos regularmente em Goiás, como em Senador Canedo. Mas não tem sido suficiente

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Leitos para UTI destinados para Covid têm sido abertos constantemente

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Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM)

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Ronaldo Caiado, governador de Goiás, é médico e tem feito pedidos constantes para que população faça sua parte

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Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM)

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“Não adianta abrir leitos”

O secretário estadual de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, ressalta que, em todo o mundo, o risco de mortalidade de paciente com Covid-19 que vai para UTI é de 50%. “Não adianta cair na falsa ilusão de que basta abrir mais leitos. Não se abre leitos de um dia para a noite”, explica.

Segundo Alexandrino, as variantes do coronavírus impõem ainda mais a necessidade de a população seguir as recomendações de autoridades sanitárias contra a pandemia. “Quanto mais se contamina, mais chances de ter variantes diferentes, de ter mutação, de mais contaminação e de não ter vacina suficiente”, destaca o secretário.

Levantamento do governo estadual atualizado mostra que Goiás já tem oito variantes, uma a mais do que monitoramento divulgado pelo Metrópoles em menos de 10 dias.

Restrições mais severas

O aumento da disseminação do coronavírus no estado fez o governador Ronaldo Caiado (DEM) e prefeitos de 20 cidades da região metropolitana realizarem, neste fim de semana, duas reuniões de emergência para enfrentamento da Covid-19.

Estado e municípios acordaram as medidas e decretaram restrições mais severas, nesse sábado (27/2), para evitar aglomeração de pessoas. Assim, em toda a região, ao menos pela próxima semana, ficará permitido o funcionamento de atividades consideradas essenciais.

Prefeitos do Entorno também aumentaram as restrições, mas não descartam endurecê-las ainda mais nesta semana.

Em Goiás, de acordo com monitoramento do estado, já foram registrados 395.636 casos, com 8.510 mortes. Outros 247 óbitos estão em investigação. A taxa de letalidade da doença está em 2,15%.

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