Goiás abre mais 36 leitos de UTI para Covid e totaliza 1.302 vagas
Governo ressalta ampliação no atendimento e chama a atenção para o aumento exponencial do número de casos graves da doença
atualizado
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Goiânia – O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SESGO), ampliou a rede de assistência para pacientes da Covid-19 nesta quarta-feira (7/4). No entanto, o alerta para o aumento no número de casos graves da doença segue vigente.
Ao todo, estão sendo abertos 36 novos leitos. Destes, 10 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 11 enfermarias no Hospital Estadual São Marcos, em Itumbiara; 10 UTIs no Hospital Regional de Formosa; e cinco leitos críticos habilitados pelo Ministério da Saúde no Hospital São Pedro D’Alcântara, na Cidade de Goiás.
Com a entrega dos novos leitos, o Estado alcança a marca de 1.302 unidades de internação dedicadas às pessoas infectadas com o coronavírus, sendo que destas, 560 são para casos graves.
Para o governador Ronaldo Caiado, a expansão da rede de atendimento para pacientes que necessitam de leitos críticos resulta de um “esforço enorme” da gestão estadual. “Quando eu recebi o Estado só tinha 254 UTIs em três municípios: Goiânia, Aparecida e Anápolis. Hoje, nós estamos instalados em mais de 20, com 8 mais hospitais de campanha”, ressaltou.
De acordo com o governo estadual, as unidades para o tratamento dos pacientes com Covid-19 estão distribuídas de maneira regionalizada por todas as cinco Macrorregionais do território goiano.
Hospitais regionalizados
O Hospital Estadual São Marcos, em Itumbiara, inaugurado pela gestão estadual no dia 1º de julho de 2020, terá 101 vagas exclusivas para pacientes com a Covid-19. Com a ampliação, serão disponibilizados à sociedade goiana 61 leitos de enfermarias e 40 de UTI.
Segundo a administração estadual, a unidade de saúde é dotada de equipamentos de última geração. O hospital é umas das unidades de referência no enfrentamento da Covid-19, recebendo pessoas de todas as regiões do Estado, encaminhadas via Complexo Regulador Estadual.
Já na Cidade de Goiás, o Hospital São Pedro D’Alcântara funciona por meio de convênio do governo estadual desde 2019, com o objetivo de fortalecer a regionalização da saúde. Com esta segunda onda da pandemia da Covid-19, a estrutura da unidade foi ampliada para também receber vítimas do coronavírus. Assim, o local passa a contar com 15 UTIs, sendo 10 cofinanciados pelo Estado para casos gerais e cinco habilitados pelo Ministério da Saúde e regulados pela SES-GO para pessoas infectadas com o coronavírus.
O Hospital Regional de Formosa (HRF) foi estadualizado no ano passado pelo Governo de Goiás. A unidade tem uma ala exclusiva para internação de pessoas com a Covid-19, além de um pronto-socorro 24 horas para demanda espontânea e completa estrutura para realização de exames de laboratório e de imagem.
Com a ampliação, o local atinge a marca de 46 leitos para pessoas contaminadas com o coronavírus, sendo 20 UTIs e 26 enfermarias. A unidade é referência para os goianos que residem no Entorno do Distrito Federal, que apresenta a maior taxa de contaminação do Estado, e para a população da Macrorregião Nordeste de Goiás.
Engajamento social
Mesmo com a abertura gradativa de leitos, a segunda onda da pandemia que assola o país e também tem deixou o Estado com média de ocupação hospitalar acima de 90%. Entretanto, o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, alerta que mesmo triplicando o quantitativo de estruturas, ainda assim, o aumento exponencial do número de casos graves supera a oferta de locais para internação. “Não se enfrenta uma pandemia apenas com abertura de UTIs e enfermarias, só com atitudes de saúde, nós precisamos de engajamento social”, ressaltou.
Ao todo, o Estado tem oito hospitais de campanha, além de leitos em unidades próprias e conveniadas. A rede de saúde estadual dispõe atualmente de 894 leitos de UTIs, instalados em 33 unidades de saúde, para diversos perfis de internação. A distribuição atende todas as cinco macrorregiões de saúde de Goiás, com localização em 21 municípios goianos. Destas vagas em unidades de terapia intensiva, 560 são exclusivas para casos de Covid-19.