Goiás: abatedouro é investigado por misturar carne de cavalo com porco
Segundo a polícia, no abatedouro ainda foram encontrados cavalos em situação de maus-tratos. Carne misturada era vendida para restaurantes
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Hidrolândia, cidade na região metropolitana da capital goiana, investiga um abatedouro clandestino de animais. A suspeita é de que o local vendia carne de cavalo misturada a carne suína. A corporação cumpriu dois mandados de busca e apreensão no local, na quarta-feira (11/1). A operação contou com o apoio da Polícia Militar.
De acordo com a polícia, no local, foi encontrado um cavalo recém-abatido, parcialmente sem o couro, com a face, patas e vísceras expostas. Também foi encontrado outro cavalo adulto pronto para o abate e um terceiro animal em condições de maus-tratos, magro, sem acesso a água e amarrado de forma que dificultava a sua alimentação.
Segundo a polícia, no abatedouro foram encontradas ainda máquinas de moer carne e de fazer linguiça. Já na casa do proprietário do local, em Aparecida de Goiânia, também na região metropolitana de Goiânia, a corporação encontrou cerca de 80kg de carne suína. A carne de poro era misturada à carne de cavalo para disfarçar o sabor.
Na residência, foram encontradas anotações de contabilidade. De acordo com a PCGO, por meio dos documentos foi possível identificar possíveis compradores do produtos, dentre eles restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.
O autor foi identificado, seu carro, documentos e telefone celular, apreendidos, assim como o produto encontrado no local. Ele ainda está respondendo a inquérito policial pelos crimes de maus-tratos a animais com morte do animal, crime de construção de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização legal, bem como o crime do artigo 7º, inciso IX, da Lei 8.137/1990 IX – vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo.
As penas somadas pode ultrapassar os 10 anos de prisão.