Goiano extraditado de Portugal é condenado por tentar matar amigo
De acordo com MP, vítima ficou cega de um olho após ser atingida pelo acusado durante briga em Goiânia. Cabe recurso contra a decisão
atualizado
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Goiânia – Um goiano extraditado de Portugal foi condenado, pelo Tribunal do Júri de Goiânia, na quarta-feira (18/5), a 6 anos e 8 meses de reclusão por tentar matar um amigo e deixá-lo cego de um olho após uma briga na capital. Pedro Victor da Silva Brito deverá cumprir a pena em regime, inicialmente, semiaberto. Cabe recurso.
O juiz Jesseir Coelho de Alcântara presidiu o júri. “Ele agiu pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, explicou o magistrado, em vídeo enviado à imprensa. Thiago Araújo Ávila foi morto, no dia 17 de fevereiro de 2020, em um campo de futebol do Setor Vila União, região sudoeste de Goiânia.
Veja, abaixo, vídeo do juiz:
Preso pela Interpol
Depois do crime, Pedro Victor fugiu para Portugal, onde foi preso pela Interpol. Em agosto de 2021, ele foi extraditado para Goiás. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), o acusado era amigo da vítima havia 11 anos, a ponto de um frequentar a casa do outro.
Segundo a denúncia, Thiago conheceu uma mulher e passou a viver em união estável desde 2016, período em que teve dois filhos com ela. No final de janeiro de 2020, de acordo com o MP, ele e a mulher terminaram o relacionamento.
Após a separação, várias pessoas começaram a falar para a Thiago que Pedro Victor havia ficado com a ex-mulher dele em uma festa. Depois disso, a vítima enviou algumas mensagens para o amigo, questionando-o a respeito deste assunto, e ele negou.
Encontro
No dia do encontro em que houve os disparos, segundo a denúncia, os dois amigos trocaram viárias mensagens por meio de celular. De acordo com o MP, a ex-mulher da vítima teria confirmado que ficou com Pedro Victor na festa
Pedro, então, propôs se encontrar com o amigo para conversarem pessoalmente. Por isso, eles se encontraram por volta das 20h em um campo de futebol da Vila União.
Quando os dois se encontraram, Pedro Victor perguntou se o amigo acreditaria na versão da ex-mulher e passou a efetuar disparos. A vítima não morreu porque foi socorrida por médicos, segundo o processo.
O relatório médico constatou que os tiros atingiram o braço direito, a mão esquerda e o olho direito, o que provocou a cegueira.
Pedro Victor estava preso desde que retornou ao estado após a extradição. Com o julgamento por júri popular, o juiz Jesseir Alcântara decidiu soltar Pedro da prisão, mas ele está proibido de sair de Goiânia sem avisar o Judiciário.
O Metrópoles não encontrou contato dos envolvidos no crime nem da defesa deles até o momento em que publicou este texto, mas o espaço segue aberto para manifestações. Na esfera cível, a vítima também pode reivindicar indenização por ter ficado cega.
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