Goiano é preso nos EUA por suspeita de racismo e homofobia; ouça áudio
Polícia Civil de Goiás informou que já pediu extradição do suspeito, Thiago Cabral, para autoridades dos EUA. Ele é de Quirinópolis (GO)
atualizado
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Goiânia – Um goiano foi preso pela Interpol, nos Estados Unidos, onde mora, por suspeita de praticar racismo e homofobia contra cinco moradores de Quirinópolis, no sudoeste de Goiás, a 289 km da capital. A Polícia Civil pediu a extradição de Thiago Cabral, mas ainda aguarda decisão das autoridades norte-americanas.
De acordo com a equipe de investigação, a prisão foi realizada no domingo (12/6). Segundo a Polícia Civil, Thiago Cabral, que morava em Quirinópolis até se mudar para os Estados Unidos, é investigado pela suposta prática de crimes como calúnia, difamação e injúria qualificada pelo racismo e pela homofobia.
Entre as vítimas dos possíveis crimes cometidos por Thiago Cabral está o secretário de Esportes de Quirinópolis, Nubyano do Nascimento Pereira. De acordo com a Polícia Civil, os áudios que continham o conteúdo ofensivo foram enviados em grupos de aplicativo de mensagens e também de maneira privada.
Ouça áudio abaixo:
Segundo a investigação, Nubyano contou ter começado a receber as mensagens no início de 2021, assim que assumiu o cargo de superintendente no município. A Polícia Civil apontou que as ofensas foram feitas a ele pelo fato de ser homossexual.
“O dia que uma aberração igual você, abominada por Deus, parir pelo [palavrão], eu concordo com você. Mas, por enquanto, você só é uma aberração”, disse Thiago Cabral em um dos áudios enviados.
Em outro áudio, de acordo com a investigação, Thiago Cabral continuou com ofensas no momento em que o superintendente disse que iria tomar medidas legais contra as agressões verbais.
“Quem vai me processar? Você [risada]? Macaco [risada]! Chimpanzé!”
Outros casos
Nubyano, porém, não é a única vítima de Thiago Cabral, de acordo com a investigação. Desde o fim de 2020, cinco pessoas já procuraram a delegacia para registrar ocorrência contra o homem.
A Polícia Civil informou que outras pessoas podem procurar a delegacia para registrar ocorrência, caso também tenham sido vítimas de Thiago Cabral.
O Metrópoles não encontrou contato da defesa do suspeito até o momento em que este texto foi publicado, mas o espaço segue aberto para manifestações.
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