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Goianas tentam resgatar celulares que estão apreendidos na Alemanha

Além dos celulares, Jeanne e Kátyna tentam resolver outras pendências, como o resgate das malas de mão, que também foram apreendidas

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goias goianas presas na alemanha
1 de 1 goias goianas presas na alemanha - Foto: Reprodução/Redes sociais

Goiânia – As goianas que foram presas injustamente e ficaram detidas durante quase 40 dias na Alemanha seguem no país para resolver pendências burocráticas. Soltas nessa terça-feira (11/4), após 38 dias em uma penitenciária feminina em Frankfurt, elas ainda estão com os celulares e malas de mão apreendidos.

Elas foram presas no dia 5 de março, no aeroporto de Frankfurt, onde faziam uma escala, após terem as malas trocadas por bagagens com drogas. Além disso, as malas originais de Jeanne Paolini e Kátyna Baía ainda não foram localizadas. A expectativa é de que elas retornem ao Brasil no final de semana. Ao Metrópoles, a irmã de Kátyna, Lorena Baía, informou que as goianas precisam descansar.

“As meninas também precisam descansar um pouco. Elas foram privadas de sono durante todo esse tempo”, afirmou.

Marco judicial

Em vídeo encaminhado à imprensa, Lorena informou que Jeanne Paollini e Kátyna Baía tiveram a inocência reconhecida no país europeu. De acordo com ela, que também está na Alemanha, elas tiveram uma grande alegria ao chegarem à cidade e já encontrarem as familiares soltas. “Ontem foi dia de matar um pouco a saudade, levar até elas o nosso abraço, o nosso aconchego”, disse.

Veja o vídeo:

 

Nas imagens, a advogada das goianas, Luna Provázio, também falou sobre a importância do caso, que ganhou grande repercussão – inclusive, internacional.

“Estamos prestando todo o suporte para as duas, tanto no aspecto emocional, como no jurídico. Ainda acompanhamos os desdobramentos do processo judicial na Alemanha; inclusive, foi um marco histórico para a Justiça alemã”, lembra a advogada.

De acordo com a profissional, o Ministério Público alemão solicitou a soltura das duas, de imediato, e encaminhou o pedido diretamente ao presídio. “Isso é algo que não tem precedentes aqui na história. A gente fica muito feliz que conseguiu provar a inocência das duas. Estamos conseguindo fazer justiça e vamos conseguir levá-las para o Brasil com a gente”, diz Provázio.

Ainda de acordo com Luna Provázio, elas seguem em contato com a Polícia Federal e as autoridades brasileiras. Ao chegarem de volta em Goiânia, elas devem ser ouvidas nas sede da PF, como testemunhas do caso.

Assistência

Segundo Luna Provázio, o consulado do Brasil em Frankfurt tem prestado assistência às goianas, bem como às familiares que chegaram ao país, e é importante reconhecer esse serviço. Após a soltura de Jeanne e Kátyna, elas apareceram em fotos sorrindo e brindando canecas com cerveja; a foto foi compartilhada na rede social do diplomata Alexandre Vidal Porto.

“Kátyna e Jeanne, livres — e brindando —, enfim!”, comemorou o diplomata.

A soltura das brasileiras foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil nessa terça. Uma investigação da Polícia Federal mostrou que criminosos trocaram as malas de Jeanne Cristina e Kátyna, em uma área restrita do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos; as duas passageiras não sabiam sobre as drogas.

“O Ministério das Relações Exteriores recebeu com satisfação a informação de que as cidadãs brasileiras foram liberadas hoje”, diz nota divulgada pelo Itamaraty.

Acolhimento

Familiares das duas embarcaram para Frankfurt na segunda-feira (10/4), com o objetivo de dar suporte e acolhimento a Kátyna e Jeanne. A irmã de Kátyna, Lorena Baía, a mãe de Jeanne e a advogada Luna Provázio seguiram para a Europa com bagagens de mão. Segundo elas, a viagem tem o apoio da Polícia Federal e da embaixada brasileira na Alemanha.

Ainda dentro do avião, quando estavam chegando a Frankfurt, a mãe de Jeanne, a irmã de Kátyna e a advogada que acompanhou o caso no Brasil receberam a notícia de que as mulheres seriam soltas.

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