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Goianas presas por bagagens trocadas recuperam malas: “Felicidade”

As brasileiras ficaram presas por 38 dias após ter a etiqueta da mala trocada por quadrilha no Aeroporto de Guarulhos

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1 de 1 brasileiras-presas-alemanha-goianas-soltas (1) - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Após ficarem presas por 38 dias em Frankfurt, na Alemanha, as goianas que tiveram as bagagens trocadas por malas com drogas conseguiram recuperar os pertences apreendidos após seis meses. A médica veterinária Jeanne Paollini e a personal trainer Kátyna Baía estavam em viagem pela Europa quando foram detidas.

“A entrega dos nossos pertences sinaliza que está muito próximo do Ministério Público alemão encerrar de vez essa injusta acusação de tráfico internacional de drogas. É um motivo de grande felicidade para nós”, disse Kátyna Baía em entrevista.

As bagagens de Jeanne e Kátyna foram despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mas as etiquetas das malas foram trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). A identificação dos pertences foi colocada em outras duas carregadas de cocaína. Sem saber de absolutamente nada, as duas foram detidas em Frankfurt, na Alemanha, no dia 5 de março.

Uma investigação da Polícia Federal mostrou que a troca foi efetuada por criminosos em área restrita do aeroporto. Por bagagem trocada, o Primeiro Comando da Capital (PCC) paga R$ 30 mil, como foi mostrado pelo Metrópoles.

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(da esq para dir) A advogada Luna Provázio, Jeanne Paollini e Kátyna Baía - Arquivo Pessoal
Jeanne Paollini durante voo de volta ao Brasil - Arquivo Pessoal
Kátyna Baía em voo de retorno ao Brasil - Arquivo Pessoal
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Brasileiras presas injustamente brindam com cerveja após serem soltas na Alemanha

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(da esq para dir) A advogada Luna Provázio, Jeanne Paollini e Kátyna Baía - Arquivo Pessoal

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Jeanne Paollini durante voo de volta ao Brasil - Arquivo Pessoal

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Kátyna Baía em voo de retorno ao Brasil - Arquivo Pessoal

Prisão

Jeanne e Kátyna são um casal e estão juntas há mais de 17 anos. Amantes de viagens, elas compartilham, pelas redes sociais, registros de diversos passeios internacionais que já fizeram, como o Deserto do Atacama, no Chile; a capital argentina, Bueno Aires e ainda a capital francesa, Paris.

No momento da prisão na Alemanha, as goianas foram separadas. A reportagem apurou que a polícia alemã não mostrou as bagagens apreendidas com drogas para elas. A comunicação também foi feita toda em alemão, idioma não dominado pelas brasileiras.

Elas ficaram sem se ver por dois dias. Depois disso, foram transferidas para um mesmo pavilhão, mas em celas separadas. Elas relataram, assim que chegaram ao Brasil, que suas rotinas se resumiam a comer, orar e tentar conversar com as outras presas.

Ambas também afirmaram ter sofrido preconceito, por parte da polícia alemã, que antes do esclarecimento dos fatos as consideravam “mulas” (pessoas que transportam drogas).

A advogada Luna Provázio contou ao Metrópoles que as duas relatavam solidão e muito frio. A penitenciária não forneceu roupas adequadas e elas tiveram todos os bens pessoais apreendidos.

A defensora acrescentou que o consulado do Brasil em Frankfurt prestou assistência às goianas, bem como aos familiares que chegaram ao país. “Obrigada pela atenção ao caso. Já chegamos a Goiânia”, disse a advogada.

Após a soltura de Jeanne e Kátyna, elas foram registradas sorrindo e brindando com cerveja. A foto foi compartilhada na rede social do diplomata Alexandre Vidal Porto. “Kátyna e Jeanne, livres — e brindando —, enfim!”, escreveu o diplomata.

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Jeanne é veterinária; Kátyna é personal trainer
As duas estão juntas há mais de 17 anos
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Jeanne e Kátyna compartilham nas redes o amor por viagens

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Jeanne é veterinária; Kátyna é personal trainer

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As duas estão juntas há mais de 17 anos

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Familiares das duas moças embarcaram para Frankfurt, com o objetivo de dar suporte e acolhimento a Kátyna e Jeanne. A irmã de Kátyna, Lorena Baía, a mãe de Jeanne e a advogada Luna Provázio seguiram para a Europa com bagagens de mão. Segundo elas, a viagem teve o apoio da Polícia Federal e da embaixada brasileira na Alemanha.

“As meninas estão nas casas delas, já conseguiram matar as saudades dos familiares mais próximos, ver os cachorros. A ficha delas está caindo aos poucos [sobre o caso e sua repercussão]”, afirmou nesta sexta-feira a advogada Luna Provázio.

Ela disse ainda que as goianas estão “se adaptando à realidade”, porque nunca haviam sido procuradas pela imprensa e inquiridas a falar sobre suas vidas de forma pública.

“Enfim, são muitas emoções, e elas estão se recuperando de todo o trauma. Em breve, vão gravar um vídeo agradecendo à imprensa e às autoridades envolvidas na solução do caso.”

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