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Goiana paraplégica busca ajuda para comprar aparelho e voltar a andar

Cristiane, de 33 anos, teve um lesão medular em decorrência de uma infecção; ela faz uma vaquinha on-line para custear um exoesqueleto

atualizado

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Arquivo pessoal/Cristiane Sales
goias paraplegica ajuda aparelho
1 de 1 goias paraplegica ajuda aparelho - Foto: Arquivo pessoal/Cristiane Sales

Goiânia – Foi pela internet que a vendedora goiana Cristiane Batista de Sales, de 33 anos, conheceu o aparelho que lhe trouxe a esperança de voltar a andar – o exoesqueleto Ex-On. Após uma infecção na coluna, ela ficou paraplégica da noite para o dia, quando morava na França, em 2017. Agora, ela pede ajuda para comprar o equipamento de R$ 45 mil, que pode lhe garantir autonomia, para tentar voltar a caminhar e levar uma vida mais normal.

“Eu entrei no carro andando e saí sem os movimentos. Tive um abcesso de pus na coluna e isso comprimiu a minha medula, essa lesão não tem cura e nem tratamento. Os médicos disseram que pode ter sido algo que comi, alguma bactéria ou até um mosquito”, diz Cristiane, destacando que a situação é raríssima.

Cristiane conta que, dos 12 meses que ficou na França, mais de três deles foram no hospital. Segundo ela, foi um período muito complicado, principalmente, por estar sozinha. Mas ela é enfática ao dizer que não se permitiu abater e não tem do que reclamar.

“Eu não tenho vida social. As minhas necessidades básicas, como ir ao banheiro, eu não consigo fazer sozinha. Dependo de sonda de alívio. Mas eu sou muito abençoada pela minha família, pelos meus amigos. Tenho muita gratidão por estar viva. Sei que preciso de vários cuidados, mas não tenho do que reclamar”, reforça.

Vaquinha

Ao achar o equipamento que pode lhe fazer voltar a andar, Cristiane teve a ideia de abrir a vaquinha online. “Isso é o meu sonho, minha vida, minha autonomia depende de voltar a andar”, ressalta ela, que depois da infecção já teve três fraturas, sendo a última em junho deste ano, quando quebrou a tíbia e precisou de uma nova cirurgia.

Ela pede ajuda para conseguir comprar o aparelho chamado exoesqueleto Ex-On, no valor de R$ 45 mil. Até o momento, ela já arrecadou cerca de R$ 13 mil.

Os interessados em ajudar Cristiane podem entrar no link disponível da vaquinha ou fazerem um PIX 026.609.151-21, no nome dela.

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Ela está paraplégica há quatro anos
Cristiane depende de ajuda para realização de tarefas básicas do dia-a-dia
Ela pede ajuda para comprar um exoesqueleto que pode lhe fazer voltar a andar
Ela foi operada ainda na França, em 2017
Cristiane é dependente de sonda de alívio para conseguir urinar
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Quando morava na França, Cristiane teve uma infecção na coluna

Arquivo pessoal/Cristiane Sales
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Ela está paraplégica há quatro anos

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Cristiane depende de ajuda para realização de tarefas básicas do dia-a-dia

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Ela pede ajuda para comprar um exoesqueleto que pode lhe fazer voltar a andar

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Ela foi operada ainda na França, em 2017

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Cristiane é dependente de sonda de alívio para conseguir urinar

Arquivo pessoal/Cristiane Sales
Sem auxílio

Atualmente, a vendedora, que ficou dependente da cadeira de rodas e pesa mais de 120 kg, recebe os cuidados da mãe, de 78 anos. E as coisas acabaram se complicando com a pandemia. Ela relata que a família, composta por quatro pessoas, está vivendo com a ajuda de doações, já que tem uma demanda de aproximadamente R$ 4 mil por mês, entre remédios e tratamentos.

Para facilitar no dia-a-dia, também por meio de doações, foi montada uma estrutura semelhante a guincho, no quarto de Cristiane, para que ela consiga sair e voltar para a cama.

Veja o vídeo:

“Desde que me mudei para a França parei de contribuir com o INSS. Eu tive que contratar um advogado para resolver essas questões, entrei com o auxílio doença mas não houve resposta. Estou aguardando uma perícia e, no momento, não recebo nenhum benefício. Até o meu auxílio emergencial foi cortado em dezembro, sem qualquer explicação”, disse ela.

Cristiane mora com a mãe, uma sobrinha de 12 anos e a irmã que é técnica em enfermagem e sustenta a casa com um salário de aproximadamente R$ 1,2 mil. Ainda de acordo com ela, apesar dos cadastros, e de uma ação em curso no Ministério Público de Goiás (MPGO), não recebe nenhum tipo auxílio da Prefeitura de Goiânia.

Mais beneficiados

Cristiane fala ainda sobre a animação de poder ajudar outras pessoas que também precisam do exoesqueleto. Segundo ela, o equipamento só existia nos Estados Unidos. No entanto, no último mês de maio, a empresa responsável pelo aparelho entrou em contato e informou que já havia dado início a fabricação do mesmo, com todas as liberações de comercialização necessárias.

De acordo com Cristiane, o equipamento será fabricado na cidade de Curitiba (PR). “A comercialização do exoesqueleto já foi liberada, isso pode melhorar a vida de muita gente. Eu, por exemplo, vou poder buscar uma água, fazer coisas sem pedir ajuda de ninguém, trabalhar”, completa.

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