GO: relatório apontou risco de queda de ponto de ônibus que matou jovem
Wellington Oliveira, de 27 anos, morreu esmagado após o ponto de ônibus de concreto, sem manutenção, cair em cima dele em Goiás
atualizado
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Goiânia – O ajudante de pedreiro Wellington Oliveira, de 27 anos, morreu esmagado após um ponto de ônibus desativado desabar em cima dele, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana. No entanto, a situação poderia sido evitada, já que um relatório completo sobre a situação precária dos abrigos foi entregue pela Defesa Civil do município a 11 órgãos ligados ao transporte coletivo.
O documento foi assinado como recebido pelo gabinete do prefeito da cidade, Vilmar Mariano (Patriota), ,em outubro do ano passado. O rapaz morreu nessa quarta-feira (8), depois que a estrutura de concreto, com peso superior a uma tonelada, desabou em cima dele, no Residencial Anhembi.
Responsabilidade
Por meio de nota, a Prefeitura de Aparecida lamentou a fatalidade e se solidarizou com a morte do trabalhador. De acordo com a administração municipal, “o sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob sob fiscalização da CMTC. Esclarece ainda que esse tipo de abrigo de concreto não foi instalado pela prefeitura”.
A prefeitura ainda informou que a Defesa Civil de Aparecida vai inspecionar os pontos de ônibus da cidade para identificar as condições estruturais e solicitar aos responsáveis a interdição, manutenção ou substituição dos mesmos para garantir a segurança da população. Porém, o relatório não foi sequer citado pelo Executivo municipal.
Já a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), informou também por meio de nota, que a manutenção, realocação e instalação dos pontos de ônibus são de responsabilidade das prefeituras. De acordo com o órgão, “cabe à CMTC, como órgão gestor, planejar a marcação de pontos e coordenar a instalação desses equipamentos, em atendimento à Política Nacional de Mobilidade Urbana”.
Ainda segundo o órgão, a CMTC iniciou uma avaliação minuciosa de todos os abrigos da Região Metropolitana para cobrar e ajudar as prefeitura a solucionar os problemas estruturais dos equipamentos.
Órgãos notificados
O relatório em que a Defesa Civil denuncia a falta de manutenção dos pontos de ônibus também foi entregue para a secretaria de Desenvolvimento Urbano e de Trânsito, ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/GO), ao Ministério Público de Goiás (MPGO), a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), entre outros.