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GO: produto estético que levou mulheres à UTI terá lote recolhido

Em comunicado, o laboratório informou que também pedirá a suspensão da comercialização do produto

atualizado

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goias preenchedor utilizado em vítimas
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Goiânia – O laboratório Cosmobeauty, responsável pelo produto de preenchimento que pode ter causado complicações em pelo menos quatro mulheres – algumas delas chegaram a ficar em estado grava em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) – emitiu um comunicado solicitando o recolhimento do lote. De acordo com a empresa, o produto será encaminhado para análise de pesquisa.

“Solicitamos que distribuidores e parceiros entrem em contato com o departamento técnico para receber todas as instruções e orientações devidas para o envio/troca do lote”, diz o comunicado do laboratório. O documento pede ainda a suspensão da comercialização do produto.

A substância utilizada nos procedimentos é um composto de ácido hialurônico reticulado e hidroxiapatita de cálcio, descrito como um “ácido hialurônico com um bioestimulador”. Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o produto teve a notificação como cosmético cancelado em junho do ano passado. Por isso, teve o recolhimento ordenado pelo órgão, já que não pode ser vendido e nem utilizado.

Em nota encaminhada ao Metrópoles, a empresa Cosmobeauty afirmou que não atua no ramo de fábrica, terceirizando a produção de seus dermocosméticos. “O lote em questão possui registro regular e ativo e foi produzido por indústria com alvará e licença de funcionamento. Quanto ao produto em questão, por ter um nome extenso, foi registrado apenas como ‘Dermo Bioestimulador e Preenchedor Cosmobeauty’, exatamente como consta na caixa do produto para não confundir com o produto produzido pela antiga indústria – este sim cancelado e não comercializado”, diz o documento.

Porém, durante a apuração dos casos, a Polícia Civil iniciou descobriu que, ao menos, 38 caixas do produto foram comercializadas em um evento realizado em Goiânia, no último dia 19 de junho.

“As pesquisas iniciais que nós fizemos deram conta de que o produto tinha uma numeração na caixinha dele, mas que não correspondia a ele mesmo. E que o próprio produto, aquele que está sendo comercializado, seria uma proibição da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], inclusive com ordem de recolhimento”, detalhou a delegada responsável pelo caso, Emília Podestà.

A Secretaria de Saúde de Goiás informou que a Vigilância Sanitária Estadual acompanha o caso e auxilia nas investigações e no trabalho das vigilâncias municipais.

Vítimas

Após quase uma semana internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI), após complicações em um procedimento estético feito para aumentar o bumbum, Betânia Lima Guarda, 29 anos, teve alta médica na quinta-feira (29/6). “Tive uma melhora muito boa do meu quadro clínico, melhora bem significativa. Infelizmente, eu acabei nas mãos de uma pessoa bem irresponsável“, lamentou Betânia em vídeo publicado nas redes sociais.

De acordo com a delegada Emília, outros dois casos envolvendo mulheres que fizeram uso do mesmo produto estão em apuração. As vítimas apresentaram os mesmos sintomas de Betânia, após a aplicação do produto.

A segunda vítima é uma mulher de 41 anos, que teve complicações após a aplicação do produto. Ela foi encaminhada para um hospital, onde ficou internada por dois dias. No entanto, ela apresentou melhoras e se recupera em casa.

A terceira vítima, também moradora de Aparecida de Goiânia, prestou depoimento por vídeochamada por estar internada. “O caso dessa terceira vítima foi um pouco mais grave, ela teve sete paradas cardiorespiratórias, ficou internada na UTI, foi extubada, mas segue internada”, contou a delegada.

A quarta vítima é uma paciente do estado do Paraná. Segundo a polícia, ela passou mal após fazer um procedimento do mesmo produto e precisou ser internada. Apesar de já ter recebido alta do hospital, continua tendo dificuldades para respirar.

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