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GO: Polícia Civil apura fraude de R$ 3 mi em compras de cestas básicas

Investigação aponta que licitações eram direcionadas para funcionário da prefeitura que administrava supermercado vencedor dos certames

atualizado

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itapaci goiás
1 de 1 itapaci goiás - Foto: Divulgação

Goiânia – A Polícia Civil de Goiás investiga supostas fraudes em licitação de aquisição de cestas básicas para distribuição à população carente de Itapaci, a 222 quilômetros de Goiânia. Segundo a investigação, nos últimos quatro anos, o município empenhou R$ 3,1 milhões para um mesmo supermercado, administrado pelo funcionário da prefeitura responsável pelas compras.

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) analisa o material apreendido, na última terça-feira (31/8), durante a Operação Welfare. Na ocasião, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em residências, órgãos públicos e em um estabelecimento comercial do município goiano.

A investigação aponta que, entre os anos de 2017 e 2020, houve o direcionamento de licitações realizadas pelo município para que um mesmo estabelecimento comercial vencesse os procedimentos e pudesse fornecer cestas básicas, que seriam distribuídas por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).

Segundo a polícia, o chefe do Departamento de Compras da Prefeitura de Itapaci era responsável por repassar as necessidades de aquisições do município e dar início aos procedimentos licitatórios. No entanto, ele também administra o supermercado que se tornou vencedor de 11 licitações seguidas no município.

Além disso, a polícia apurou que a distribuição das cestas básicas não atendeu a todas as pessoas inscritas nos programas sociais da prefeitura, o que, segundo a investigação, comprova a falta de critérios para a concessão do benefício e a não entrega efetiva dos produtos adquiridos com dinheiro público.

As investigações estão em sua fase final e os envolvidos poderão responder por crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato, cujas penas máximas, se somadas, podem chegar a 19 anos de prisão.

O Metrópoles não conseguiu ouvir os investigados, porque os nomes deles não foram divulgados pela polícia.

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