GO: mulher implorou para que ex parasse agressões antes de ser morta
Mulher foi morta a tiros dentro de loja em Anápolis (GO). Segundo a polícia, o ex-casal passava por um processo de separação complicado
atualizado
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Goiânia – Conforme a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), a empresária morta a tiros pelo ex-marido dentro de uma loja, em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana, pediu por socorro e implorou para que ele parasse com as agressões. O homem foi denunciado por descumprir medida protetiva, violência doméstica contra a mulher, homicídio por motivo torpe e porte ilegal de arma.
De acordo com o MP, após as agressões, testemunhas ouviram a mulher gritar: “Não faz isso não, para, socorro”. Em seguida, foram feitos os disparos.
O crime ocorreu em 28/3. A vítima, Regiane Pires da Silva, 39 anos, deixou dois filhos. O homem acabou preso. Segundo a Polícia Civil, o ex-casal passava por um processo de divórcio conturbado, e isso teria motivado o crime.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Edney Pereira dos Santos invadiu o escritório de uma loja que pertencia aos dois. Ele dá um tapa na mulher e, em seguida, efetua os disparos. As câmeras também registraram o momento em que o suspeito foge do local.
Veja o vídeo:
Segundo o MP, ao sair da loja rumo ao carro, o homem ainda fez um outro disparo em via pública e, depois, fugiu. Na cidade de Senador Canedo, o suspeito entregou o carro e a arma usada no crime a um sobrinho e fugiu em outro veículo.
Ao ser interrogado, o sobrinho alegou que só foi até o local após ser induzido ao erro. Ele não foi denunciado.
Três tiros
De acordo com o MP, o homem atirou três vezes contra a mulher. Ele descumpriu a medida protetiva que o obrigava a manter distância de 300 metros da vítima.
A loja de autopeças onde ocorrreu o crime pertencia ao ex-casal, mas era administrada por Regiane desde a separação. Segundo o MP, Regiane e o ex-marido tiveram um desentendimento sobre a divisão dos bens.
O advogado do suspeito argumenta que o cliente é um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e que, por isso, tinha arma de fogo. Quanto ao crime de homicídio, o defensor alegou que as provas não foram devidamente apresentadas.