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GO: médico suspeito de crimes sexuais é solto pela Justiça, diz advogado

Segundo a Polícia Civil, mais de 50 mulheres já formalizaram denúncia contra Nicodemos Júnior Estanislau Morais por algum tipo de abuso

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Ginecologista Nicodemos Violação Sexual
1 de 1 Ginecologista Nicodemos Violação Sexual - Foto: PCGO

Goiânia – O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, preso por suspeita de crimes sexuais, foi solto no final da tarde desta segunda-feira (4/10), após uma decisão judicial, segundo o advogado dele, Carlos Eduardo Gonçalves Martins. O médico foi preso na última quarta-feira (29/9), em seu consultório, no município de Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana.

“Ele já está em casa. Foi solto no final da tarde. O juiz entendeu que ele não vai atrapalhar as investigações, que ele tem residência fixa, que ele é réu primário”, disse o advogado ao portal G1.

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Médico chegou a ser condenado em 2018
Mais de 40 vítimas já formalizaram denúncia contra o médico
Ginecologista Nicodemos é suspeito de violação sexual mediante fraude
Ginecologista suspeito de abusos em entrevista para uma rádio de Anápolis (GO) em 2019
Vítima relatou abuso em sua página no Instagram
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Médico teria pedido para que paciente mostrasse bronzeado para ele

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Médico chegou a ser condenado em 2018

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Mais de 40 vítimas já formalizaram denúncia contra o médico

Arquivo pessoal
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Ginecologista Nicodemos é suspeito de violação sexual mediante fraude

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Ginecologista suspeito de abusos em entrevista para uma rádio de Anápolis (GO) em 2019

Reprodução/ Facebook
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Vítima relatou abuso em sua página no Instagram

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"Posso testar?", perguntou o médico a uma paciente que questionava sobre anel vaginal

Divulgação/PCGO

Segundo a defesa de Nicodemos, ele não cometeu nenhum dos crimes e, por isso, foi pedida a revogação da prisão preventiva à Justiça. De acordo com a Diretoria de Administração Penitenciária (DGAP), o pedido de soltura foi recebido às 18h55.

Ainda conforme Martins, fora da prisão, Nicodemos terá de cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e não poderá exercer a profissão nem sair de Anápolis.

Violação sexual

Nicodemos Júnior foi preso de forma preventiva em Anápolis. Ao todo, 53 mulheres formalizaram denúncia de algum tipo de abuso contra o médico, pela Delegacia da Mulher de Anápolis. No entanto, o número pode chegar a 100.

O médico é suspeito de violação sexual mediante fraude, que é quando o médico toca em paciente com intenção sexual. A conduta é tipificada no artigo 215 do Código Penal e também é conhecida como estelionato sexual.

Ao Metrópoles a delegada que está à frente do caso, Isabella Joy, disse que os relatos das vítimas que procuraram a polícia até agora são muito semelhantes. O médico se aproveitaria da situação e, em muitos casos, de momentos de fragilidade das pacientes para assediá-las.

Entre os depoimentos tomados pela polícia, há, por exemplo, o relato de uma das vítimas que teria recebido do ginecologista a proposta de realização de uma cirurgia em troca de sexo. Ele teria, inclusive, assediado pacientes que o procuravam para realização de exames de pré-natal, já no final da gravidez.

O perfil das vítimas seria diversificado. Na lista, estariam até adolescentes. Uma das mulheres que resolveu falar publicamente sobre o caso foi a aromaterapeuta Kethleen Carneiro, hoje com 20 anos. Ela usou seu perfil no Instagram para denunciar o profissional.

Ela contou que, quando tinha 12 anos, foi examinada pelo médico. Ele teria, inclusive, lhe mostrado quadrinhos pornográficos durante o procedimento.

Veja o vídeo:

No fim da tarde da última sexta (1º/10), o Conselho Regional de Medicina do DF, onde o médico também tem registro, decidiu interditar cautelarmente o profissional.

Conforme a assessoria de imprensa do órgão, Nicodemos ficará impedido de exercer qualquer atividade médica até o julgamento definitivo dos casos. A interdição tem validade de seis meses, prorrogável por mais seis. Dependendo da situação, ele pode ter o registro profissional cassado.

Já o Conselho Regional de Medicina de Goiás, estado onde o profissional estava atuando quando foi preso, informou que acompanha o caso. Conforme o órgão, ele irá “apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”.

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