GO: mantida prisão de PM suspeito de atirar em jovem no show sertanejo
Justiça de Goiás converteu flagrante em prisão preventiva. Jovem continua internado em estado grave em UTI de hospital em Goiânia
atualizado
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Goiânia – A Justiça de Goiás manteve, na terça-feira (7/6), a prisão do soldado da Polícia Militar Pedro Henrique Cândido Negreiro, de 32 anos, suspeito de atirar em Francis Junio Ribeiro Amorim, de 27, no show da dupla Henrique e Juliano, dois dias antes, em Goiânia. O jovem está internado, em estado grave, em uma unidade de terapia intensiva (UTI), na capital.
O Metrópoles teve acesso à decisão da juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, que converteu o flagrante em prisão preventiva. Ela rejeitou pedido de relaxamento de prisão feito pela defesa do PM, que foi detido durante horário de trabalho, na tarde de segunda-feira (6/6), menos de um dia depois do show, realizado na noite de domingo (5/6), no estacionamento do Estádio Serra Dourada.
“Necessidade”
Apesar de o soldado ser considerado primário, segundo a decisão, a necessidade de manutenção dele na prisão está de acordo com a garantia de aplicação da lei penal, haja vista que ele não comprovou residência fixa na cidade. “Nenhum documento foi acostado nesse sentido. Desse modo, resta clara a necessidade de acautelamento do meio social”, escreveu a magistrada, na decisão.
No interrogatório, o policial disse que agiu em legítima defesa depois de sentir uma pessoa, por trás dele, colocando a mão em sua cintura, nas proximidades de sua arma, uma pistola Taurus, calibre 40, com 11 projéteis. A família de Francis Junio criticou a segurança do local do evento.
Na delegacia, o policial, que vestia camisa social, disse que era possível perceber a arma em sua cintura por causa do volume dela. Pedro Henrique afirmou que, ao notar a mão em sua cintura, segurou-a e, nesse momento, Francis o teria puxado para trás.
“Termo de responsabilidade”
Em nota, a organização do evento disse que “o policial militar responsável pelos disparos assinou o termo de responsabilidade e formulário de identificação de armamento para entrar com a arma registrada no evento”. O comunicado diz, ainda, que 700 seguranças estavam no evento e que a empresa está prestando apoio à família.
O jovem Francis Junio permanece em estado grave, porém, estável. Ele respira com ajuda de aparelho no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo). Ele foi baleado na mão e no peito e agonizou no chão do evento até a chegada do socorro.
Segundo o hospital, Francis passou por uma cirurgia no tórax e na mão esquerda. Ele também precisou retirar o baço e parte do pâncreas, de acordo com familiares. Além disso, está com um dreno no pulmão. Não há previsão de alta.
O Metrópoles não obteve retorno da defesa do policial até o momento em que publicou este texto, mas o espaço segue aberto para manifestações.
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