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GO: mãe e filho são indiciados por morte de aluno em frente a escola

Adolescente de 14 anos foi morto a facadas em frente a uma escola em Anápolis (GO). Crime teria sido motivado por briga em jogo on-line

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Foto colorida de briga em escola de Anápolis que acabou com estudante morto após ataque de mãe e filho - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de briga em escola de Anápolis que acabou com estudante morto após ataque de mãe e filho - Metrópoles - Foto: Reprodução

GoiâniaMãe e filho foram indiciados por homicídio e duas tentativas de homicídio, após esfaquearem três adolescentes na porta de uma escola em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana. O crime aconteceu no último dia 20, e vitimou o estudante Nikolas Serafim de 14 anos. Outros dois estudantes, de 12 e 15 anos, foram hospitalizados.

O inquérito foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário, nessa quinta-feira (29/2). Segundo o delegado que investiga o caso, Wllisses Valentim, os crimes foram qualificados, já que utilizaram uma faca e impossibilitaram a defesa das vítimas.

Imagens de câmera de segurança registraram o momento em que a família suspeita se aproxima de um grupo de adolescentes e se inicia uma briga generalizada. Maria Renata, de 43 anos, e o filho mais velho, Kaio Rodrigues, de 20, proferiram golpes usando um martelo e uma faca, respectivamente.

Veja o vídeo:

 

Briga com estudantes

O advogado de defesa de mãe e filho, Hernei José Vieira Alves, declarou que os investigados “não saíram de casa com o propósito único e exclusivamente de ferir aqueles jovens”. Segundo ele, os filhos de Maria Renata sofrem represálias desde novembro.

De acordo com a defesa, a briga na porta da escola teria o filho menor de Maria Renata como alvo principal. O pai do adolescente teria o levado à escola, sendo que ela e o filho mais velho foram buscar. Ainda segundo o advogado, os ânimos se exaltaram, houve a discussão e a situação perdeu o controle.

O filho mais novo de Maria Renata, de 15 anos, também foi detido. Para o delegado Valentim, ele “atuou em conluio com os indiciados”. O jovem está internado à disposição da Vara de Infância e Juventude e a conduta é avaliada em procedimento policial que tramita na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais, em Anápolis.

Maria Renata também acabou indiciada por corrupção de menores.

Mãe e filho presos

Em nota, o delegado informou que “as imagens, que contém cenas fortes, viabilizaram a perfeita individualização das condutas dos envolvidos”. Mãe e filho foram presos em flagrante no dia do crime, terça-feira (20/2), e na quinta (22/2), a prisão foi convertida em preventiva.

Durante a investigação foram ouvidas dezenas de pessoas que testemunharam o ocorrido, familiares das vítimas, responsáveis pela instituição de ensino, cenário da briga e os dois adolescentes que sobreviveram. Um deles, de 15 anos, perdeu parte do intestino, o baço e um rim por conta da facada.

Briga por jogo on-line

A confusão entre os adolescentes aconteceu no último dia 20 de fevereiro, na porta do Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza, em Anápolis.

De acordo com o delegado Wllisses Valentim, a confusão começou no dia anterior ao crime, durante uma transmissão ao vivo, quando os adolescentes jogavam Free Fire. Adolescentes discutiram durante a live, e marcaram uma briga na porta da escola.

A mãe de um dos envolvidos, um adolescente de 15 anos, ligou para a Polícia Militar dizendo que o filho estava sendo ameaçado na escola. Depois disso, ela e o filho mais velho, de 20 anos, foram até o local com um martelo e uma faca, respectivamente. Durante a briga generalizada, eles atingiram os outros três estudantes.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou que a briga ocorreu fora do ambiente escolar e por motivações pessoais.

Disse ainda que a Superintendência de Segurança Escolar e Colégio Militar da Seduc se deslocou ao local para acompanhar o ocorrido, e que o Núcleo de Saúde e Segurança do Servidor e do Estudante da Seduc já acompanha o caso. Por fim, lamentou o ocorrido e disse que existem esforços para “promoção de uma cultura da paz”.

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