GO: Justiça libera garoto que esfaqueou aluna de 15 anos em escola
Adolescente de 16 anos deverá permanecer em casa, em regime de aula on-line, sem contato com a vítima e passar por avaliação psiquiátrica
atualizado
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Goiânia – O adolescente de 16 anos que esfaqueou uma menina de 15 anos dentro de um colégio estadual, na capital goiana, nessa segunda-feira (23/8), foi solto pela Justiça nesta terça (24/8). Ele tinha sido apreendido e levado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). A decisão estipula medidas restritivas e protetivas que ele e a família deverão seguir.
O adolescente deu um golpe de faca na nuca da garota, no interior do Colégio Estadual Polivalente Professor Goiany Prates, localizado no Setor Sudoeste. A agressão teria sido motivada, conforme a apuração da polícia, porque o menor foi repreendido pela jovem, na sexta-feira (20/8), após pegar nos seios de uma outra garota.
A investigação segue em andamento. A decisão que liberou o menor estipula que ele deve manter-se recolhido em casa, em regime de aula on-line, e também permanecer afastado por qualquer meio de comunicação da menina agredida, assim como dos familiares da jovem e das testemunhas do caso.
Para praticar o ato infracional, o garoto escondeu a faca na mochila. A decisão determina que ele deve cumprir obediência aos pais e responsáveis, atender as convocações de audiência e reuniões das autoridades policiais e judiciária e informar qualquer mudança de endereço.
Três pontos na nuca
A vítima foi levada ao hospital e as aulas foram suspensas no colégio, após o ocorrido. Ela levou três pontos na região no ferimento e enviou um áudio para os colegas, em seguida, tranquilizando-os.
No áudio, ela relatou que havia saído da sala para beber água e, quando retornava, foi surpreendida pelo garoto, que colocou a faca em seu pescoço.
“Eu desmaiei de nervoso, mas estou viva, tomei três pontos no pescoço, estou bem”, disse ela no áudio.
Pelas redes sociais, a direção do colégio lamentou o fato e ressaltou ter se tratado de “caso atípico e que os pais e responsáveis podem ficar tranquilos quanto à segurança dos seus filhos na escola”.
Medidas protetivas
A decisão de liberação do menor estipula, ainda, que ele deve ser incluído em serviço ou programa de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescentes.
Além disso, a Justiça requer tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico. De acordo com a direção da escola, o garoto tem déficit de atenção e sofre transtorno bipolar. A decisão determina que seja feita a avaliação psiquiátrica do menor.