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GO: jovens que mataram amiga para testar psicopatia vão a júri popular

Caso ocorreu em agosto de 2021, em Goiânia, e causou grande comoção. A morte de Ariane Bárbara foi planejada pelos jovens

atualizado

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suspeitos pela morte de ariane bárbara laureano, em goiânia
1 de 1 suspeitos pela morte de ariane bárbara laureano, em goiânia - Foto: Divulgação/PCGO

Goiânia – Os jovens Jeferson Cavalcante Rodrigues e Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, serão levados a julgamento pelo 3º Tribunal do Júri de Goiânia, na próxima segunda-feira (13/3), a partir das 8h30, no plenário do Fórum Cível.

Os dois respondem pela morte de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, ocorrida em agosto de 2021, na capital goiana. O assassinato teria sido cometido para testar a psicopatia de outra envolvida no caso, Raíssa Nunes Borges.

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), a acusação dos envolvidos no crime será feita pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo. Raíssa deverá ser julgada em outra ocasião, em razão de recurso interposto pela defesa.

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Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, preso por participação no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia
Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, e tem 18 anos
Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, presa por participação na morte de Ariane
Roupas de Jeferson e a faca utilizada no crime
Ariane Bárbara tinha 18 anos e foi assassinada por pessoas que se diziam amigas
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Três dos quatro presos pela morte e ocultação de cadáver de Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos, em Goiânia

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Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, preso por participação no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia

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Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, e tem 18 anos

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Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, presa por participação na morte de Ariane

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Roupas de Jeferson e a faca utilizada no crime

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Ariane Bárbara tinha 18 anos e foi assassinada por pessoas que se diziam amigas

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Cadáver foi localizado no mesmo bairro em que garota disse que ia com as amigas

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Transtorno de personalidade

A denúncia destaca que, conforme o inquérito policial, Jeferson, Raíssa e Enzo, e ainda uma adolescente envolvida no caso, conheciam Ariane de uma pista pública de skate. O crime começou a ser premeditado quando Raíssa decidiu realizar um teste prático a fim de saber se tinha transtorno de personalidade comportamental e antissocial (psicopatia), matando uma pessoa friamente e não sentindo remorsos.

Jeferson, Enzo e a adolescente decidiram ajudar Raíssa e se reuniram para escolher a vítima. Ariane foi selecionada por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer resistência. O grupo, então, organizou uma emboscada para a vítima, convidando-a para saírem juntos e tomarem um lanche.

O quarteto marcou um encontro com a vítima no Parque Lago das Rosas, no Setor Oeste. Assim que chegou ao local, Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais combinados previamente como indicativos para o início da execução.

A vítima foi estrangulada e desmaiou, tendo Enzo participado do estrangulamento. Em seguida, foi esfaqueada pelas jovens. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.

Relembre o caso

O crime ocorreu em 24 de agosto de 2021, por volta das 21h. Conforme a denúncia do MPGO, Ariane Bárbara, que tinha 18 anos, foi assassinada mediante violência física e golpes de faca.

Segundo destacado pelo MP, os denunciados agiram de maneira livre e consciente, em comunhão de vontades, unidade de desígnios e por intermédio de repartição de tarefas, por motivo fútil, mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O corpo de Ariane foi encontrado sete dias depois, após mobilização da família da vítima, que registrou o desaparecimento. Os três também foram denunciados por corrupção de menor, por terem envolvido uma adolescente na prática do crime.

“Comportamento abjeto”

À época, o então delegado-geral da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Alexandre Pinto Lourenço, considerou “abjeto” o comportamento dos jovens que planejaram o assassinato.

“Por uma brincadeira, na perspectiva de testarem o comportamento de uma das pessoas envolvidas, levaram à morte de uma inocente, uma pessoa que acreditava estar entre amigos”, disse.

O caso, para o delegado, foi emblemático. Além da repercussão que gerou, ele demonstra os cuidados que os pais devem ter ao acompanhar o desenvolvimento dos filhos. Ele fez um alerta, nesse sentido, para que os pais fiquem atentos ao comportamento dos jovens.

O corpo de Ariane só foi encontrado em 30/8, porque moradores próximos ao local da mata começaram a sentir forte odor. Ele foi encontrado em avançado estágio de decomposição, e a identificação se deu pelas digitais da garota.

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