GO: “Já estão brincando”, diz pai de gêmeas siamesas após alta médica
Valentina e Heloá passaram por procedimento para a colocação de expansores de pele. Cirurgia de separação deve ocorrer no 2º semestre
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – As siamesas Valentina e Heloá, de 2 anos, já estão em Morrinhos, cidade onde moram, no sul goiano. As meninas, nascidas em São Paulo, receberam alta após um procedimento cirúrgico para a colocação de expansores de pele. Este foi o terceiro procedimento preparativo para a cirurgia de separação das crianças, que pode acontecer no segundo semestre deste ano.
De acordo com o pai das meninas, Fernando de Oliveira dos Santos, de 27 anos, as gêmeas receberam alta do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) na segunda-feira (14/3).
“Elas está ótimas, já estão brincando, graças a Deus elas já estão em casa, em Morrinhos. Vamos voltar a Goiânia na próxima segunda-feira (21/3) para ver o médico”, disse ele ao Metrópoles.
Expansores
O procedimento para a colocação de expansores de pele foi realizado no último dia 9 de março pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Já a separação ocorrerá no segundo semestre, quando o ganho de pele for suficiente para a cobertura das cicatrizes, consideradas de grande monta. A previsão é de que a cirurgia aconteça três meses após a colocação dos expansores.
Após o procedimento, as crianças ficaram em observação em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital. As siamesas ficaram acompanhadas dos pais. A cirurgia teve aproximadamente 2h de duração e mobilizou cerca de 20 profissionais.
As meninas são unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, intestinos delgado e grosso, fígado e genitália.
Família
O pai das meninas afirmou que a família optou pela cirurgia de separação, pois as meninas se machucam muito. “Elas unham, se mordem, se machucam muito. Agora já melhorou bastante, mas se para nós já é dificultoso, imagina para elas?”, disse Fernando.
As irmãs são de Guararema, no interior de São Paulo, mas estão morando com os pais Fernando e Waldirene de Oliveira no município de Morrinhos, a cerca de 132 km de Goiânia. Os familiares vieram para Goiás para ficarem mais próximos da capital goiana e facilitar a logística para a realização dos procedimentos.
Ajuda
Sem uma fonte de renda fixa, o homem, que trabalhava numa metalúrgica em São Paulo, e a mulher, que atua como dona de casa, contam com doações, vendas de rifas e outras formas de ajuda para irem se mantendo. Eles ainda têm uma terceira filha mais velha, de 6 anos.
“É tudo por doações mesmo. A gente vai se organizando devagarzinho. Eu não posso trabalhar, porque tenho que ficar no hospital junto da minha esposa. Um só não dá conta de cuidar das duas, porque tem que ficar do lado o tempo todo. Enquanto um dorme, o outro fica acordado; enquanto um almoça, o outro fica de olho e espera”, relatou Fernando ao Metrópoles.
Quem se interessar em ajudar da família, pode fazer doações por meio dos PIX 37619382844 (Waldirene C. do Prado) ou 11977654770 (Fernando de Oliveira dos Santos).