GO: irmãos são mortos por dezenas de tiros durante festa em chácara
Vítimas estavam numa chácara em Anápolis (GO), quando foram mortas por dois atiradores. Polícia acredita em acerto de contas ou vingança
atualizado
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Goiânia – Os irmãos Guilherme Martins Ribeiro, de 24 anos, e Thiago Martins Ribeiro, 21, foram assassinados na madrugada desse domingo (13/3), durante uma festa realizada numa chácara na zona rural de Anápolis, a 55 Km da capital goiana.
Os rapazes foram mortos com dezenas de tiros e morreram no local, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO). A investigação trabalha com dois cenários possíveis: acerto de contas ou vingança, conforme os elementos e relatos já colhidos.
A festa, de acordo com o delegado Fábio Vilela, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, ocorreu em uma chácara alugada na Vila São Vicente, conhecida com região da Igrejinha. No local, havia mais de 100 pessoas e a maioria deixou o espaço antes da chegada da polícia.
O duplo homicídio ocorreu por volta das 2h30. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram apenas alguns familiares da vítima, como uma prima, e a pessoa que estava realizando a festa. Os relatos preliminares dão conta de que tudo ocorreu rapidamente, sem discussão ou briga corporal.
Dois homens teriam chegado ao local armados e foram em direção aos rapazes. Um dos irmãos foi assassinado próximo a um fogão a lenha e o outro, em outro ponto da propriedade, perto dos banheiros da chácara.
Os atiradores fugiram do local e não foram presos, até o momento. A polícia já trabalha com alguns suspeitos, mas a elucidação dependerá do cruzamento de dados, dos interrogatórios de testemunhas e do resultado de laudos periciais feitos na cena do crime.
Características da festa
Uma das questões que pode ajudar ou complicar a investigação é a característica da festa. Em um primeiro momento, falou-se que seria uma festa de aniversário, o que subentende-se que o responsável conhecia as pessoas que estavam no local.
Pelas circunstâncias verificadas no espaço, no entanto, o delegado Fábio Vilela não acredita que tenha sido, necessariamente, uma festa de aniversário.
O dono da comemoração informou, preliminarmente, que não sabia como os irmãos Guilherme e Thiago apareceram lá e disse, ainda, que os conhecia de vista. Ele será ouvido formalmente, nos próximos dias.
“Cem pessoas numa festa, à noite, iluminação precária e música alta. O cenário é muito complicado. Não temos informação se [os atiradores] ficaram procurando [as vítimas] ou se viram de longe. O que a gente sabe é que quando eles encontraram os alvos, sequer chegaram a discutir ou brigar. Não teve discussão”, explicou o delegado ao Metrópoles.