metropoles.com

GO: filha de 4 anos foi estuprada em hospital antes de morrer, diz mãe

Vítima tinha apenas 4 anos. Suspeito de estuprá-la foi preso, e a polícia aponta que ele fez ao menos três vítimas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/TV Anhanguera
imagem colorida menina de 4 anos estuprada em hospital de goiania
1 de 1 imagem colorida menina de 4 anos estuprada em hospital de goiania - Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Goiânia – A mãe de Emanuelly Vitória Rocha de Souza, de 4 anos, denuncia que a criança foi estuprada dentro do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), na capital goiana, após ser internada na unidade para tratamento de uma suspeita de apendicite.

O suspeito do crime, um técnico em segurança do trabalho que era funcionário na unidade de saúde, foi preso na última quinta-feira (8/8). A Polícia Civil aponta que ele se aproveitava da situação de vulnerabilidade das famílias e teria feito, ao menos, três vítimas.

A corporação não divulgou o nome do suspeito e informou que o inquérito, que corre em segredo, deve ser finalizado no final da próxima semana.

Estuprada no hospital

O caso foi denunciado com exclusividade à TV Anhanguera. De acordo com a mãe da menina, o abuso ocorreu no dia 6 de maio deste ano, após a menina ser atendida e liberada com medicação, mas voltar ao hospital com piora dos sintomas.

A criança chegou a ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Conforme os relatos da família, Emanuelly estava acompanhada de uma tia, que afirma ter sido retirada do quarto por um homem e uma mulher que se apresentaram como funcionários da unidade de saúde.

O homem, identificado como técnico em segurança do trabalho, teria permanecido com a criança durante duas horas, alegando que iria dar banho na menina.

Conforme o prontuário médico, as lesões foram constatadas durante a troca de fraldas, após o episódio com o funcionário do hospital. A família foi informada das lesões e autorizou a realização de exames pelo Instituto Médico Legal (IML).

“Eles entraram 8h da manhã. Saíram 10h. Demorou muito. À noite, quando foram levar ela [Emanuelly] para baixo, a assistente social me chamou e me mostrou como estava”, disse a tia, Luana Oliveira, à emissora.

O prontuário médico de Emanuelly indica que as primeiras lesões genitais foram registradas pela equipe de enfermagem quase 24 horas após a internação. O laudo cadavérico realizado pela Polícia Científica confirmou a presença de lesões íntimas, mas não determinou a origem.

Quadro de piora

Conforme o prontuário médico da criança, Emanuelly foi atendida no Hecad no dia 3 de maio, mas apresentou melhora e foi liberada com orientações para monitorar os sintomas e procurar atendimento médico em caso de piora.

Dois dias depois, no dia 5 de maio, a menina voltou a unidade de saúde com dor abdominal, diarreia e vômitos. Na data, ela foi admitida na “sala vermelha”, com “diurese e evacuação ausente”. Não há relatos de lesões genitais no registro.

Um dia depois, no dia 6 de maio, o prontuário médico indica que a criança está em estado gravíssimo, apresentando cerca de 10 dias de dor abdominal, diarreia e vômitos. Na data, foram constatadas lesões nos órgãos genitais, identificadas enquanto a fralda era trocada.

No dia 7 de maior, o registro afirma que a mãe da criança foi informada sobre as lesões e que há suspeita de abuso sexual. Conforme o relato, a responsável concordou em submeter a criança a um exame no IML.

“Eu sempre falei para eles: ‘aconteceu aqui dentro’. Foi ali dentro. Eles sempre negaram”, afirmou a mãe de Emanuelly, Giselly de Souza.

A Secretaria de Saúde de Goiás, responsável pelo Hecad, afirmou que não vai se manifestar sobre o caso, uma vez que a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil. Já o advogado do suspeito informou que responderá apenas nos autos do processo.

Conforme o laudo da Polícia Científica, a causa da morte foi septicemia por apendicite aguda.

Suspeito preso

O técnico em segurança do trabalho foi preso suspeito de estuprar crianças em Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o homem se aproveitava de informações recebidas no hospital para identificar famílias com vulnerabilidade onde os pais precisavam se ausentar durante a internação.

Segundo a corporação, de posse das informações, o homem entrava em contato com o pretexto de “cuidar das crianças” e abusava delas. A investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia identificou ao menos três vítimas.

O homem foi preso suspeito de estupro de vulnerável e aliciamento de criança para praticar ato libidinoso. Segundo a polícia, ele é um criminoso sexual e investigado por diversos crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

A Polícia Civil não divulgou o que o suspeito disse em depoimento. Além disso, não foi informado se a mulher que, segundo a família, teria também entrado no quarto está sendo investigada.

A conselheira tutelar Érika Reis detalhou que o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso da criança de 4 anos após os profissionais desconfiarem que ela poderia ter sido abusada sexualmente.

“Ao chegar ao local, o Conselho Tutelar se deparou com a genitora que afirmava que a criança não chegou ao hospital com as escoriações nas partes íntimas. Ao conversar com a genitora, a mesma alegou que havia recebido uma ligação de um suposto funcionário do hospital o qual afirmava que gostaria de poder ajudar a cuidar da criança”, detalhou Érika à TV.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?