GO: Fábrica de móveis de luxo aplica golpes que chegam a R$ 1,2 mi
Segundo a Polícia Civil de Goiás, número de vítimas citadas no inquérito já chega a 20. Casos de consumidores de lesados podem quadriplicar
atualizado
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Goiânia – Uma investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) desmantelou uma fábrica de móveis de luxo que aplicava golpes em consumidores de Goiás. A Operação Pinocchio foi deflagrada nesta terça-feira (15/2) contra a loja Spazi Design, que praticou estelionato e crimes contra as relações de consumo.
Segundo a polícia, os prejuízos que a empresa ocasionou nas vítimas ultrapassam R$ 1 milhão. A ação da Decon contou com apoio das delegacias regionais de polícia das cidades de Rio Verde, Itumbiara e Mineiros.
Segundo informações da Polícia Civil, a loja Spazi Design tinha unidades em diversos municípios goianos, como Itumbiara, Jataí, Mineiros, Rio Verde e Goiânia. A atuação do estabelecimento, porém, abrange outros estados da Federação.
Ao Metrópoles o delegado titular da Decon, Webert Leonardo, informou que também foram identificadas vítimas na Paraíba.
“Com a operação, dezenas e dezenas de pessoas estão fazendo contato. Já surgiram vítimas no estado da Paraíba. Catalogadas no inquérito, já temos 20 pessoas. A nossa perspectiva antes da operação era dobrar o número de vítimas, mas agora trabalhamos com quatro ou cinco vezes o quantitativo de pessoas que já foram lesadas”, afirmou o investigador.
Móveis de luxo
De acordo com a corporação, a empresa ofertava produtos e serviços de marcenaria, de forma fraudulenta – já que, mesmo ante pagamento integral, não entregava os móveis. Até o momento, o prejuízo estimado é de R$ 1,2 milhão.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra os sócios proprietários da empresa envolvida. Também houve um sequestro de valores de contas bancárias e veículos pertencentes aos sócios da empresa.
A polícia ainda apreendeu dispositivos eletrônicos, documentos físicos e cartelas bancárias. Segundo a PCGO, os presos já foram colocados à disposição do Poder Judiciário.
Conforme orientação da corporação, a divulgação do nome da empresa se faz necessária e foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, para auxiliar na contratação e no surgimento de novas vítimas, para que façam seu reconhecimento e sejam cientificadas do seu direito.