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GO: diretora de escola denuncia agressão a irmãos e mãe acaba presa

Segundo PCGO, mãe e companheira foram presas em flagrante; crianças eram agredidas por questões banais e chegaram a ser enforcadas

atualizado

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Divulgação/DPCA
goias criança agredida
1 de 1 goias criança agredida - Foto: Divulgação/DPCA

Goiânia – Uma mãe e a companheira dela foram presas por suspeita de agressão a dois irmãos, um menino de 6 anos e uma adolescente de 14, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. Os hematomas foram percebidos pela direção da escola onde as vítimas estudam, que denunciou a situação ao Conselho Tutelar.

As mulheres foram presas em flagrante, por lesão corporal, na última quinta-feira (17/6). De acordo com a delegada titular da Delegacia de Proteção a Criança e aos Adolescente (DPCA), Bruna Coelho, as agressões eram motivadas por questões banais, como quando a criança fazia xixi na cama.

Um agravamento que chama a atenção no caso, segundo a delegada, é que o menino requer cuidados especiais, já que tem uma doença genética chamada “Síndrome de Cornélia de Lange“, caracterizada por múltiplas anomalias congênitas. Por isso, a criança não fala, não anda direito e ainda faz necessidades na cama.

“O pequeno apanhava quando fazia xixi na cama ou cocô na roupa, o que é normal uma criança fazer. Já a última vez que a adolescente apanhou foi quando elas achavam que a menina teria denunciado as agressões que eles sofriam”, disse a investigadora ao portal G1.

Segundo a delegada, durante depoimento, as mulheres confessaram as agressões e justificaram que elas aconteciam quando ficavam muito nervosas. “Quando elas foram ouvidas na delegacia, a primeira desculpa é que a menor de 14 anos era responsável pelas agressões à criança de 6. Depois, a mãe confessou que é um pouco nervosa, que a madrasta também é muito alterada e que elas agrediram o menor e a adolescente”, contou.

Denúncia

Conforme explicação da delegada, foram profissionais da escola onde as crianças estudam que notaram as agressões. “A direção percebeu que as perninhas do menino estavam com hematomas e acionou o Conselho Tutelar. A madrasta e a mãe tomaram conhecimento da denúncia e, nervosas, agrediram a menina de 14 anos porque pensaram que ela denunciou”, disse Bruna Coelho.

Ainda de acordo com a delegada, as mulheres chegaram a ir na instituição de ensino para tentar justificar os hematomas da criança, afirmando que era a irmã mais velha. Nesse momento, a Polícia Militar foi acionada, e as duas foram encaminhadas à delegacia.

Agressividade

Segundo a delegada, a criança e o adolescente chegaram a ser enforcados. “As agressões que estavam no momento foram feitas por mangueira, cinto, enforcamento, tapas, murros, tudo que elas tivessem em mãos. No caso, foi apurado que a madrasta que agredia mais o pequenininho. A mãe sabia da situação e também praticava as agressões”.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás, as crianças estão sob cuidados do Conselho Tutelar até a chegada de uma avó materna, moradora da cidade de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal.

As mulheres estão presas na Central de Flagrantes e aguardam audiência de custódia.

 

 

 

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