GO: boliviano é suspeito de usar nome de médico e atender ilegalmente
Homem disse ser formado na Bolívia, mas admitiu que não revalidou diploma no Brasil. Caso parou na polícia após briga com pai de paciente
atualizado
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Goiânia – Um boliviano de 40 anos foi preso suspeito de usar o nome de um médio e atender irregularmente no Hospital Municipal de São João d’Aliança, no nordeste de Goiás, a 356 quilômetros de Goiânia. Segundo a polícia, ele disse que é médico formado em seu país de origem, mas não tinha revalidado o diploma para atuar no Brasil.
O caso foi descoberto após um homem denunciar que o profissional tinha agredido verbalmente seu filho durante uma consulta. A investigação não divulgou os nomes do boliviano, suspeito de exercer ilegalmente a profissão desde agosto de 2020, e do médico que ele usava irregularmente no carimbo.
A Polícia Militar informou que foi ao hospital após o pai do paciente denunciar que o boliviano não pediu exames para o filho e prescreveu algumas medicações. No entanto, um atendente disse que um dos remédios poderia fazer mal ao menino. Ao procurar novamente o boliviano, houve a agressão verbal.
Carimbo
No momento em que verificaram os documentos pessoais do boliviano, os policiais viram que o nome era diferente do que estava no carimbo usado por ele.
Em depoimento à Polícia Civil, ele disse que é médico formado na Bolívia, mas ainda não tinha feito a validação no diploma no Brasil. Por isso, ele mandou fazer um carimbo com o nome de outro médico para atuar em cidades da região. Após o depoimento, ele foi liberado.
Sem vínculo
Em nota publicada nas redes sociais, a Secretaria Municipal de Saúde de São João d’Aliança disse que “o suposto médico não mantinha, nem nunca manteve, nenhum vínculo contratual com o município”.
O órgão disse que a direção do hospital precisou cobrir a escala de um médico que está com Covid-19 e, “por indicação de outros profissionais, realizou a substituição do plantão com o suposto médico que trabalhava tirando folgas e plantões de médicos em toda a região”
A secretaria também afirmou que está “tomando providências para adequar a logística quanto à substituição de profissionais devido a ausências nas escalas, para que tais substituições sejam realizadas apenas por médicos credenciados”.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informou que não foi registrada nenhuma denúncia sobre o caso junto à entidade.