GO: 8 mulheres dizem ser vítimas de homem que passou HIV a parceiras
Mulheres disseram à polícia que tiveram relações com o suspeito, sem uso de camisinha, em Goiás. Três delas testaram positivo para o vírus
atualizado
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Goiânia – Subiu para oito o número de mulheres que procuraram a Polícia Civil de Goiás até esta terça-feira (22/3) para denunciar que foram vítimas do servidor público Leovaldo Francisco da Silva, de 37 anos. Ele foi preso sob a suspeita de ter transmitido o vírus HIV para parceiras sexuais e namoradas, de forma deliberada. O homem mantinha relações com as mulheres, sem uso de preservativos e sem avisá-las de que havia contraído a doença.
Servidor público da Prefeitura de Pontalina, no sul de Goiás, a 127 km de Goiânia, Leovaldo foi preso na segunda-feira (21/3). De acordo com a Polícia Civil, três vítimas já testaram positivo para o vírus. Durante interrogatório, ele negou que transmitia HIV de propósito.
“As investigações e as provas, no entanto, mostram que ele teve, sim, condições de saber que era portador da doença desde 2020”, contou o delegado Leylton Barros ao Metrópoles.
Veja a prisão e o relato do delegado:
O suspeito teve a imagem divulgada pela polícia para auxiliar na descoberta de novas vítimas. Conforme o relato de vítimas que já procuraram a delegacia, o homem já estaria transmitindo o vírus pelo menos desde 2019.
Rede de transmissão
De acordo com a investigação, uma vítima disse que, em 2021, questionou Leovaldo sobre a doença e ele confirmou o diagnóstico. A rede de transmissão que ele provocou pode ser muito grande.
As vítimas começaram a procurar a delegacia há cerca de 15 dias. A primeira mulher teve um relacionamento amoroso com o vigilante e decidiu fazer o exame de HIV após o término da relação, por ter sido alertada por pessoas da cidade.
Até o momento, o crime imputado a ele é de lesão corporal gravíssima. O suspeito já foi casado, tem um filho, mas se separou e, no momento, está solteiro, de acordo com a polícia.
O celular que ele utilizava foi apreendido para análise pericial. A equipe de investigação aguarda, além de novas vítimas, alguns documentos e o resultado de novos exames laboratoriais para concluir o inquérito.
A PCGO informa que a divulgação da imagem e a identificação do preso, neste caso, encontra-se respaldada pela Lei nº 13.869/2019 e pela Portaria nº 02/2020-PCGO. Tal ação, conforme anunciou a corporação, visa a identificação de eventuais vítimas dos crimes cometidos pelo autor, bem como o surgimento de novas denúncias, testemunhas e elementos informativos.