metropoles.com

Glossário da PF: Jair, Alexandre e Cid entre mais citados em relatório

Em relatório de mais de 880 páginas a PF apontou evidências que embasaram o indiciamento de 37 pessoas por supostamente tentarem um golpe

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arte / Metrópoles
Imagem mostra ilustração de bolsonaro com palavras mais citadas em relatório da PF - MEtrópoles
1 de 1 Imagem mostra ilustração de bolsonaro com palavras mais citadas em relatório da PF - MEtrópoles - Foto: Arte / Metrópoles

O afastamento do sigilo de inquérito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expôs detalhes de uma trama golpista discutida nos bastidores do governo de Jair Bolsonaro (PL). O golpe, conforme apontaram os investigadores da Polícia Federal (PF), seria consumado no final de 2022 e envolveria o assassinato de autoridades, como do presidente recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em um relatório de mais de 880 páginas, a autoridade policial descreve uma série de elementos que embasaram o indiciamento de 37 pessoas — lista que inclui o ex-presidente e ministros de governo — pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Levantamento do Metrópoles, com base no relatório elaborado pela autoridade policial, mostra os principais termos escolhidos pela PF para descrever a trama. Os destaques, sem dúvidas, vão para as diversas citações do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, além das várias menções ao envolvimento de militares (veja ranking abaixo).

“Jair” em evidência

A PF, ao decidir pelo indiciamento de Bolsonaro, indicou que o ex-presidente teria planejado e atuado de forma direta no planejamento para impor um golpe de Estado no Brasil. A autoridade policial ainda entendeu que as ações em prol da abolição do Estado Democrático de Direito eram reportadas a ele diretamente ou por intermédio do tenente-coronel Mauro Cid.

“Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”, concluiu a corporação.

A conclusão da PF de envolvimento do ex-presidente, seja de forma direta ou como beneficiário final da trama, é evidenciada pelas mais de 520 citações ao sobrenome “Bolsonaro” no relatório. “Jair” aparece mais de 480 vezes, enquanto “presidente” foi um termo utilizado 623 vezes. Vale lembrar que o documento inclui entendimentos firmados pela da PF, além de citações a documentos e fontes utilizadas nas investigações.

Veja ranking com os 100 termos que mais aparecem no relatório:

Outro personagem em destaque pelo número de repetições no texto é Mauro Cid. O tenente-coronel, preso no âmbito das investigações sobre fraude ao cartão de vacina do ex-presidente, foi peça-chave nas investigações da tentativa de golpe. A PF reconstitui grande parte da trama a partir de trocas de mensagens e documentos encontrados em equipamentos eletrônicos do militar.

Relatório na PGR

O relatório elaborado pela PF está nas mãos do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que decidirá sobre a apresentação da denúncia. Há, entretanto, outros dois caminhos que o chefe da PGR pode tomar: pedir novas diligências ou arquivar o caso. Uma eventual manifestação do órgão ministerial ao STF deve ocorrer apenas em 2025, já que são extensos os elementos reunidos pela PF e o calendário deve ser afetado pelo recesso.

Em caso de oferecimento de denúncia, a decisão se os envolvidos se tornarão réus caberá à 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O colegiado é composto pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?