Gleisi sai em defesa de Glauber Braga e critica processo de cassação
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu dar seguimento ao processo contra Glauber Braga
atualizado
Compartilhar notícia
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, se manifestou nesta quinta-feira (12/9) contra o processo instaurado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que pode cassar o mandato de Glauber Braga (PSol-RJ).
Nessa quarta (11/9), o colegiado aprovou o primeiro parecer produzido pelo relator do caso, Paulo Magalhães (PSD-BA), pela continuidade das investigações.
“Em cinco oportunidades, no mínimo, o mesmo militante da juventude fascista (MBL) atacou Glauber Braga e seus familiares. Da última vez o deputado respondeu, expulsando da Câmara o moleque que ofendeu e humilhou sua mãe. Ela estava doente e dias depois veio a falecer”, escreveu Gleisi na rede BlueSky, para onde migrou após a suspensão do X no Brasil.
A deputada se posicionou contra o seguimento do processo e afirmou que lutará contra ele. “A única coisa desproporcional aqui é o Conselho de Ética dar prosseguimento ao processo que pode cassar o parlamentar, enquanto deixa passar violações sérias feitas por diversos bolsonaristas”, destacou.
Entenda o processo
A representação contra Glauber foi apresentada pelo Partido Novo, e pede que o deputado perca o mandato por agressão contra um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).
Glauber terá 10 dias para apresentar uma defesa escrita no processo. Depois, em até 40 dias, é realizada a etapa de instrução probatória, com entrega de documentos e oitiva de testemunhas de ambos os lados. O representado pode convidar até oito testemunhas de defesa.
O Novo alega que o carioca teria quebrado o decoro parlamentar ao retirar um militante do MBL da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o deputado empurrou e deu pontapés para retirar Gabriel Costenaro do espaço da Câmara depois de ter sido provocado verbalmente pelo militante.
Durante a defesa, Glauber mais uma vez repetiu que a sua cassação seria articulada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), com quem já discutiu em diferentes ocasiões.