metropoles.com

Gleisi responsabiliza a direita pela não taxação de grandes fortunas

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann criticou nesta quinta (31/10) a decisão da Câmara de não taxar grandes fortunas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Lula foto colorida de Gleisi Hoffmann PT - Metrópoles
1 de 1 Lula foto colorida de Gleisi Hoffmann PT - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta quinta-feira (31/10) a decisão da Câmara dos Deputados de não taxar grandes fortunas. Um grupo de parlamentares tentou incluir o tema no projeto que regulamenta a reforma tributária, votado na noite de quarta (30/10) pelo plenário da Casa.

A sugestão de inclusão desse item foi apresentada na forma de destaque — uma proposta de alteração do texto principal — apresentado pelo PSol. O destaque acabou rejeitado pelos deputados por 262 votos a 136. Somente partidos de esquerda votaram pela aprovação da medida.

“Sugestão da esquerda, a proposta de taxar fortunas acima de R$ 10 milhões foi rejeitada pela Câmara. Na prática, isso significa que os super-ricos continuarão pagando bem menos impostos do que a grande maioria da população. Combater a desigualdade é uma missão de vida, cada dia mais difícil”, escreveu Gleisi nas redes sociais.

E completou: “A direita, óbvio, votou a favor dos milionários. Cada um defendendo os seus interesses, afinal”.

O projeto aprovado pela Câmara regulamenta a reforma tributária sobre o consumo, aprovada no ano passado e transformada em emenda constitucional. O texto cria o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens (IBS), com o intuito de administrar e fiscalizar o imposto arrecadado por estados e municípios, que vai substituir os atuais ICMS (estadual) e ISS (municipal).

Será responsabilidade do comitê definir as diretrizes e exercer a coordenação das administrações tributárias e das procuradorias dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A administração será feita de forma integrante com os entes federativos.

A estrutura do Comitê Gestor inclui:

  • Conselho Superior (instância máxima do comitê);
  • Diretoria Executiva e suas diretorias técnicas;
  • Secretaria-Geral;
  • Assessoria de Relações Institucionais e Inter federativas;
  • Corregedoria; e
  • Auditoria Interna.

O Conselho Superior será formado por 27 membros, representando cada estado e o Distrito Federal, e de outros 27 membros, representando os municípios e o DF. Os integrantes serão nomeados para cumprir a função durante o prazo de quatro anos.

As reuniões obrigatórias do comitê gestor deverão ocorrer a cada três meses, com a autorização para encontros extraordinários quando necessário.

Heranças

O texto também previa o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD) sobre herança de previdência privada, o que foi cortado pelo relator, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE).

O imposto não vai incidir sobre bens em que figurem como sucessor:

  • entidades públicas;
  • religiosas;
  • políticas;
  • sindicais; e
  • instituições sem fins lucrativos.

A alíquota máxima do imposto será fixada pelo Senado, dependendo do valor da herança. A homologação do cálculo será uma competência privativa das administrações tributárias dos Estados e do Distrito Federal.

Agora, o texto de regulamentação da reforma tributária segue para análise do Senado Federal. O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu que a votação pelos senadores ocorrerá até dezembro.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?