Gleisi rebate oposição e diz que houve taxação olímpica sob Bolsonaro
Presidente do PT saiu em defesa do atual governo em disputa nas redes sobre a taxação dos prêmios olímpicos
atualizado
Compartilhar notícia
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, rebateu nesta quarta-feira (7/8) críticas de políticos da oposição à taxação de prêmios esportivos nas Olimpíadas.
Gleisi afirmou, por meio do X (antigo Twitter), que a cobrança de tributos nestes casos existe há 50 anos e “totalizou R$ 1,2 milhão em Tóquio, durante governo do inelegível”, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro e às Olimpíadas de 2020.
“Se a extrema direita quer mesmo falar sobre arrecadação de impostos, poderíamos debater sobre tributar os super-ricos e desonerar os mais pobres, para acabar de vez com a concentração de riqueza na elite econômica”, acrescentou Gleisi, que também é deputada federal pelo Paraná.
Medalhas, prêmios e taxas
Os atletas vencedores como Rebeca Andrade, Beatriz Souza e os outros que subirem ao pódio durante as Olimpíadas de Paris não terão de declarar as medalhas à alfândega quando desembarcarem em solo brasileiro. O mesmo vale para outros objetos comemorativos que recebam em eventos esportivos, como troféus, placas, estatuetas, distintivos, flâmulas.
Já os valores pagos em dinheiro pelo Comitê Olímpico Brasileiro a título de premiação por primeiro, segundo ou terceiro lugar, por outro lado, estão sujeitos à taxação.
Como exemplo, Rebeca Andrade, a atleta brasileira com maior número de medalhas na história das Olimpíadas, receberá R$ 826 mil como premiação pelo ouro individual, pelas duas pratas individuais e por um bronze por equipes. Do total da bonificação, Rebeca precisará pagar R$ 227.150 para a Receita Federal, de acordo com a tabela do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas de 2025 (ano-base de 2024). Depois de taxada, a atleta receberá R$ 598.850.
Há um debate no Congresso para isentar os atletas dessas taxas.
A cobrança de impostos tem sido um dos pontos pelos quais a oposição tem atacado o governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apareceu em memes distribuídos nas redes sociais na figura de uma “caçador’ de impostos em peças satíricas.