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Gleisi Hoffmann chama Moro de “falso” após senador associar PCC ao PT

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann acusa senador de mentir sobre transferência de líder do PCC, que elaborou plano contra agentes públicos

atualizado

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Gleisi Hoffmann PT
1 de 1 Gleisi Hoffmann PT - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Gleisi Hoffmann (PT-SP) reverberou neste sábado (25/3) o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a postura do senador Sergio Moro (União-PR) acerca do plano do PCC para sequestrá-lo e assassiná-lo. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores chamou o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro (PL) de “falso”, após ele tentar associar a facção criminosa à legenda, por causa de um suposto e-mail usado por criminosos.

A deputada federal afirma que Sergio Moro mente desde o período no qual foi juiz-federal da 13ª Vara Federal de Curitiba, quando julgou e condenou Lula à prisão no âmbito da operação Lava Jato. Após ingressar no governo de Jair Bolsonaro, ele foi considerado suspeito e parcial para julgar processos referentes ao petista e acabou tendo suas sentenças de condenação ao petista anuladas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não foi Moro o responsável pela transferência do chefe do PCC para presídio federal. Foi a Justiça de São Paulo, a pedido do promotor Lincoln Gakiya, que comandou toda a operação em 2018. Moro também é falso quando tenta associar o crime ao PT. Na campanha eleitoral, o TSE proibiu a divulgação dessa mentira, mas o agora senador não se emenda e volta a delinquir”, diz Gleisi Hoffmann, no Twitter.

Gleisi se refere a uma postagem feita pelo senador do União Brasil horas antes, em que ataca os adversários, na mesma rede social. “Gostaria de entender por que um dos criminosos do PCC, investigado no plano de sequestro e assassinato, utilizava como endereço de e-mail lulalivre1063?”, escreveu.

O endereço eletrônico foi encontrado pela Polícia Federal num dos celulares apreendidos pela operação Sequaz, que desmontou um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar diversos agentes públicos, dentre os quais estavam Sergio Moro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o promotor Lincoln Gakiya. Ainda não está claro se o motivo foi a transferência de presos para presídios federais ou o fim das visitas íntimas.

Apesar disso, a PF acredita que as contas de e-mail vinculadas aos aparelhos apreendidos pertençam a outras pessoas. Isso seria uma estratégia dos criminosos para dificultar o seu rastreio pelas autoridades policiais.

“O juiz parcial e suspeito, desmascarado e desmoralizado pelo STF, não tem autoridade para acusar ninguém”, completou Hoffmann. Ela ainda cita que a verdade sobre a prisão do chefe do PCC está em entrevista concedida pelo promotor Lincoln Gakiya ao Metrópoles, em 29/10 do ano passado. Em entrevista ao colunista Guilherme Amado, ele desmentiu Sergio Moro e Bolsonaro, que tentavam assumir o protagonismo sobre a transferência de Marcola.

Na ocasião, o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco-SP) afirmou que a transferência foi resultado de um pedido feito em 2018 pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) à Justiça paulista, que tem a real atribuição para decidir sobre o caso.

Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, Flávio Dino também comentou o assunto. “Essas afirmações de ligação do PT com o PCC não passam de canalhice. Não há indício, prova, nada; só canalhice mesmo. Lembro que não há imunidade parlamentar para proteger canalhice”, escreveu o senador eleito pelo Maranhão.

Nesta semana, o presidente Lula chegou a chamar o plano do PCC de “mais uma armação do Moro” e foi criticado por adversários e até aliados. A fala viralizou nas redes sociais, que não receberam bem a declaração do petista.

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